Uma das grandes dúvidas em relação a veículos aparece quando o assunto é troca de pneus. Qual modelo utilizar? O que significam aquelas inscrições na lateral? O pneu para meu carro deve ter muitas ou poucas ranhuras? Um mundo de perguntas surge. Entenda um pouco mais sobre o assunto, que aqui está explicado para leigos.
Uma das primeiras instruções que todos os especialistas dão é: siga as instruções do Manual do Proprietário. Ali o condutor encontrará tudo que precisa saber sobre o veículo e inclusive sobre os pneus, como por exemplo a calibragem correta, intervalo para proceder com alinhamento e balanceamento.
Alguém perdeu muito tempo estudando para saber em quais condições o veículo roda melhor, gasta menos combustível e desgasta menos os pneus. Então, vamos tirar proveito disso e utilizar as informações contidas no manual.
“É na indicação do fabricante que constam a pressão correta, o controle periódico do alinhamento e do balanceamento e os tipos mais adequados”, explica o presidente-executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a ANIP, Alberto Mayer.
Outra dúvida frequente é quanto aos tipos de pneu. Vemos carros que possuem sulcos enormes e grandes “dentes” de borracha, e outros que são quase lisos (especialmente em motos). Mas qual deles é melhor para meu veículo? A resposta é “depende”. Sim, depende sobretudo do tipo de uso predominante.
Vamos conhecer os tipos e o assunto ficará mais claro:
Outra aparente incógnita é o que significa aquele código imenso na lateral do pneu, composto por uma série de informações. Um exemplo poderia ser a inscrição: 175/70 R 13 82 T. O que significam cada uma dessas informações?
Mas como saber qual pneu meu carro precisa? Muito simples, todas essas informações muitas outras estarão descritas no Manual do Proprietário (por isso ele é tão importante). Se você perdeu o manual do seu veículo, não tem problema, no site oficial da montadora é possível baixá-lo em PDF ou consultar as especificações do seu modelo em concreto.
Também é interessante conhecer do que o pneu é feito, ou como sua estrutura é composta. Para isso, vamos indicar cada uma das camadas que compõe um pneu, de dentro para fora, para dar uma noção mais exata ao consumidor, que poderá constatar a importância de comprar um produto de qualidade e origem reconhecidas.
A banda de rodagem indica a utilização correta do pneu, se ele é feito para terreno on-road suas “bolachas” serão menores e os sulcos também, permitindo um contato mais completo com o solo, aumentando assim a estabilidade.
Se eles são para terreno off-road, que reúne as funções de tração, escavação e autolimpeza (expulsa a sujeira acumulada entre os “dentes” do pneu) para que o veículo “agarre” melhor ao solo.
Ainda existe um tipo de pneu misto, que fica no meio do caminho entre um e outro. Ele é bastante indicado para quem utiliza os dois tipos de terreno e também é muito bom para chuva, pois a água escoa melhor pelos sulcos, evitando o fenômeno da aquaplanagem.
A indústria automobilística nacional estabeleceu, através do regime automotivo Inovar Auto, novas regras para controlar e diminuir a emissão de CO2. Com isso, as montadoras vão precisar modificar diversos elementos da concepção do veículo. Entre esses elementos estão os pneus, os quais podem fazer enorme diferença no que diz respeito ao consumo de combustível.
Dessa necessidade surgiram os chamados pneus verdes. Esses pneus são fabricados com o uso de materiais diferenciados e que proporcionam um atrito menor junto ao solo, ou seja, ele desliza melhor pelo asfalto, de modo que o veículo precisa de menos esforço ou impulso para fazê-los rodar. Consequentemente, esses mesmos veículos gastam menos combustível. Pode ser pouco para um único carro, mas se considerarmos a enorme multidão de veículos circulando continuamente, a diferença é astronômica. Vale lembrar: nunca rode com pneu careca!