A legislação brasileira apresenta uma barreira importante para a entrada do SUV Yangwang U8 da BYD no mercado nacional. O veículo, que se destacou nas redes sociais por sua capacidade de girar 360° em torno do próprio eixo, enfrenta uma limitação devido ao seu peso.
No Brasil, o limite máximo de peso para a classificação como veículo leve é de 3.500 kg, considerando o veículo carregado. No entanto, o Yangwang U8 possui um peso total de 3.985 kg, o que impede sua homologação como carro de passeio. Mesmo com o peso em ordem de marcha de 3.460 kg, a legislação leva em conta o peso total, incluindo a capacidade máxima para passageiros e bagagens.
Devido a essa regulamentação, o SUV precisaria ser vendido como um micro-ônibus ou van, categorias que exigem que o motorista tenha a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria “D”. Esse requisito adicional dificulta ainda mais a introdução do modelo no mercado brasileiro.
Além das questões legais, o preço do Yangwang U8 também seria um desafio. Na China, o SUV é vendido por aproximadamente US$ 150 mil, o que em conversão direta equivale a mais de R$ 760 mil. Esse valor elevado pode tornar o modelo pouco atraente para o consumidor brasileiro.
O Yangwang U8 é equipado com baterias de 49 kWh e um motor 2.0 turbo a gasolina usado como gerador, configurando-o como um elétrico de autonomia estendida (EREV). Os quatro motores elétricos, um em cada roda, produzem uma potência combinada de 1.200 cv e 103,5 kgfm de torque. Além disso, o SUV tem 5,3 metros de comprimento e 2,1 metros de largura, características que contribuem para seu peso elevado.
O modelo também possui funcionalidades impressionantes, como a capacidade de realizar curvas em 360º, continuar rodando após um pneu furar e até flutuar na água por curtos períodos. No entanto, essas inovações não são suficientes para superar os obstáculos regulatórios e de mercado no Brasil.
Portanto, é improvável que o Yangwang U8 da BYD seja comercializado no país, uma vez que as restrições de peso e a exigência de CNH “D” representam barreiras significativas para sua introdução no mercado brasileiro.
Fonte: TopGear, AutoEsporte e NewsMotor.