Ducati Panigale V4 R 2026 chega com 239 cv e pode superar R$ 700 mil no Brasil

A Ducati Panigale V4 R 2026 estreia com 239 cv, câmbio exclusivo, soluções da MotoGP e velocidade acima de 317 km/h. O modelo pode custar mais de R$ 700 mil no Brasil.
Publicado por em Ducati dia

A Ducati reforça seu papel como referência global entre superesportivas ao revelar a Panigale V4 R 2026, um modelo que combina potência extrema, soluções diretamente derivadas da MotoGP e exclusividade numerada. Desenvolvida para atender pilotos e colecionadores em busca de um desempenho sem concessões, a motocicleta traz 239 cavalos de potência máxima, estabelecendo um novo patamar para máquinas homologadas para as ruas.

Pontos Principais:

  • Ducati Panigale V4 R 2026 entrega 239 cv e chega aos 317 km/h em versão homologada.
  • Modelo traz câmbio exclusivo Ducati Racing Gearbox e sistema Vehicle Observer.
  • Aerodinâmica inspirada na MotoGP garante até 6 kg de downforce a 300 km/h.
  • No Brasil, a versão anterior foi vendida por R$ 690 mil, em apenas duas unidades.

O lançamento chega no ano em que a marca italiana celebra 25 anos da primeira “R” de sua história, a 996R, que em 2001 entregava 135 cv e abriu caminho para uma linhagem de esportivas de homologação. Hoje, a Panigale V4 R supera essa marca em mais de 100 cv, demonstrando a evolução radical da engenharia em pouco mais de duas décadas.

A Panigale V4 R 2026 chega como marco de 25 anos da série R, oferecendo 239 cv de potência, câmbio inédito e soluções inspiradas na MotoGP.
A Panigale V4 R 2026 chega como marco de 25 anos da série R, oferecendo 239 cv de potência, câmbio inédito e soluções inspiradas na MotoGP.

Para cumprir as rigorosas normas de emissões Euro 5+, equivalentes ao Promot 5 no Brasil, a Ducati redesenhou diversos componentes internos do motor. Pistões mais leves, bielas otimizadas, árvores de cames revisadas e um sistema de admissão reprojetado resultaram em ganhos de potência em toda a faixa de rotação, com um aumento médio de 4 cv e torque máximo de 11,6 kgf.m a 12.000 rpm.

Outro destaque técnico está na adoção de um crankshaft mais pesado com virabrequim contra-rotativo, que melhora a tração e a estabilidade sem comprometer a agilidade em curvas. Essa solução, já conhecida em modelos de competição, reforça o caráter de pista da Panigale. No câmbio, a estreia da Ducati Racing Gearbox (DRG) reposiciona o ponto morto abaixo da primeira marcha, evitando engates acidentais em reduções intensas, algo inédito no segmento.

O pacote eletrônico amplia o controle sobre o desempenho. O sistema Ducati Vehicle Observer simula entradas de até 70 sensores para ajustar tração, derrapagem, empinada, freio-motor e até o assistente de largada. Combinado às suspensões Öhlins de competição e ao amortecedor de direção SD20, o conjunto reforça a precisão da pilotagem em condições extremas.

Na aerodinâmica, as asas maiores aplicadas à carenagem geram até 6 kg de downforce a 300 km/h, enquanto a nova entrada Ram Air acrescenta potência em alta velocidade. O chassi também recebeu atenção: o braço oscilante duplo é 37% menos rígido e 3,27 kg mais leve que o monobraço anterior, ajudando a reduzir o peso total da moto para 186,5 kg, um número impressionante para uma superesportiva desse porte.

Na Europa, o preço inicial é de 44 mil euros, cerca de R$ 275 mil em conversão direta. No entanto, no Brasil, a experiência recente indica que o valor pode ser muito mais alto. Em 2023, a Panigale V4 R foi lançada por R$ 690 mil, tornando-se a moto mais cara do país, com apenas duas unidades importadas. Caso o modelo 2026 desembarque por aqui, tudo indica que permanecerá na faixa mais exclusiva do mercado, reforçando o caráter de colecionador da motocicleta italiana.

Fonte: Motoo.

Alan Corrêa
Alan Corrêa
Jornalista automotivo (MTB: 0075964/SP) e analista de mercado. Especialista em traduzir a engenharia de lançamentos e monitorar a desvalorização de usados. No Carro.Blog.br, assina testes técnicos e guias de compra com foco em durabilidade e custo-benefício.