Entenda por que carros com alta quilometragem podem ser boas opções no mercado de usados

Carros com alta quilometragem enfrentam preconceito no mercado, mas podem ser boas opções se bem cuidados. Histórico de manutenção, test-drive e registros confiáveis são mais importantes que o número no odômetro. A desvalorização desses veículos pode gerar boas oportunidades de negociação.
Publicado por Alan Corrêa em Dicas dia 22/11/2024

Recentemente, veículos usados com alta quilometragem têm enfrentado resistência no mercado, mesmo quando estão em bom estado de conservação. Esse preconceito leva compradores a ignorarem fatores mais importantes, como o histórico de manutenção e o cuidado do proprietário anterior. Assim, carros com quilometragem acima de 100 mil km são muitas vezes subestimados ou descartados injustamente, criando oportunidades interessantes para negociações.

Pontos Principais:

  • Carros acima de 100 mil km não são necessariamente problemáticos.
  • Histórico de manutenção é mais importante do que a quilometragem.
  • A desvalorização desses veículos pode representar boas oportunidades.
  • Test-drive e registros confiáveis ajudam a avaliar a qualidade real do carro.

A quilometragem é, na maioria das vezes, o principal critério usado por compradores para avaliar a qualidade de um veículo. No entanto, especialistas destacam que outros fatores, como histórico de manutenção, estado geral e revisões regulares, são mais determinantes para a durabilidade e o desempenho de um carro.

O preconceito contra carros mais rodados também incentiva práticas antiéticas no mercado, como adulteração de odômetros. A crença de que veículos com alta quilometragem são sinônimo de problemas faz com que vendedores ajustem os números para atrair compradores desavisados.

Carros com alta quilometragem são frequentemente rejeitados no mercado, mas essa resistência ignora critérios mais importantes, como o histórico de manutenção e o estado geral do veículo.
Carros com alta quilometragem são frequentemente rejeitados no mercado, mas essa resistência ignora critérios mais importantes, como o histórico de manutenção e o estado geral do veículo.

Para entender melhor, considere que a média anual percorrida por motoristas brasileiros é de aproximadamente 15 mil km. Assim, um carro com oito anos de uso deve apresentar cerca de 120 mil km no odômetro para ser considerado dentro da média. Essa métrica é útil, mas não deve ser usada como único fator de decisão.

Histórico de manutenção é um dos aspectos mais relevantes na avaliação de carros usados. Revisões em componentes como freios, suspensão, velas e correias, além da substituição de fluidos, são indispensáveis para garantir o bom funcionamento de um veículo mais rodado. Sem registros confiáveis, é difícil assegurar que esses cuidados tenham sido realizados.

Um teste de rodagem é essencial para verificar o estado real do carro. Esse procedimento revela possíveis problemas, como ruídos, folgas ou falhas, que podem indicar negligência na manutenção. Apesar disso, muitos compradores evitam solicitar o test-drive, o que pode comprometer a avaliação completa do veículo.

Outro ponto importante é a diferença de preço. Carros com quilometragem mais alta costumam ser menos valorizados no mercado, o que abre margem para negociações vantajosas. Mesmo assim, é necessário levar em conta possíveis gastos futuros, como a substituição de pneus ou componentes desgastados.

O mercado automotivo continua a valorizar veículos com baixa quilometragem, mas especialistas reforçam que a condição geral do carro é mais importante. Em um cenário de baixa procura, carros mais rodados e bem cuidados podem representar excelente custo-benefício para os compradores atentos.

Fonte: AutoEsporte e UOL.