GWM acelera nacionalização de elétricos com o Programa Mover no Brasil

A GWM foi homologada no Programa Mover, iniciativa voltada à sustentabilidade e inovação no setor automotivo brasileiro. Com a produção do Haval H6 prevista para 2025, a montadora busca consolidar a nacionalização de componentes e fortalecer sua presença no mercado de veículos elétricos no país.
Publicado em Notícias dia 22/08/2024 por Alan Corrêa

A GWM, gigante automotiva chinesa, recebeu a homologação no Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), uma política do governo brasileiro que visa promover a sustentabilidade e a inovação na indústria automotiva. Essa conquista permitirá à GWM acelerar sua estratégia de nacionalização no Brasil, com foco na produção local de veículos elétricos e híbridos. O primeiro modelo a ser produzido será o SUV híbrido Haval H6, com as primeiras unidades previstas para 2025.

A fábrica da GWM em Iracemápolis, São Paulo, será o principal polo de produção desses veículos, começando com o regime de pré-produção no início de 2025. A montadora investirá em novas tecnologias e equipamentos para garantir que a produção atenda aos altos padrões de qualidade esperados no mercado. Além disso, o processo de nacionalização de componentes também será uma prioridade, buscando estabelecer parcerias com indústrias locais para reduzir custos de produção e logística.

O Haval H6, que já é um sucesso no mercado global, será o carro-chefe da GWM no Brasil. A meta é alcançar uma produção de 30 mil unidades até o final de 2025 e aumentar esse número para 50 mil até 2026. A longo prazo, a montadora planeja expandir a capacidade de produção para 150 mil veículos anuais até 2030. Esse crescimento será impulsionado pela crescente demanda por veículos híbridos e elétricos, que estão ganhando espaço entre os consumidores brasileiros.

A homologação no Programa Mover permite à GWM transferir gradualmente todos os seus processos produtivos da China para o Brasil, o que não só aumentará a eficiência na produção, mas também contribuirá para a inovação na indústria automobilística brasileira. Essa transferência de tecnologia promete trazer avanços significativos para a manufatura de veículos, tornando o Brasil um importante centro de produção de veículos elétricos.

Segundo Márcio Alfonso, diretor de engenharia da GWM Brasil, a montadora vem conduzindo uma pesquisa contínua para entender melhor as preferências dos brasileiros em relação aos veículos elétricos. Com base nesses dados, a empresa planeja definir qual será o segundo modelo a ser produzido localmente. O objetivo é adaptar os produtos às demandas do mercado nacional, oferecendo veículos que combinem inovação, eficiência e sustentabilidade.

Outro aspecto importante do plano da GWM é a nacionalização de componentes. A empresa já desenvolveu uma lista de mais de 100 itens que poderão ser fabricados localmente. O objetivo é alcançar uma taxa de nacionalização de 60%, o que permitirá não apenas a produção interna, mas também a exportação de veículos para outros mercados da América do Sul.

A produção do Haval H6 incluirá desde a montagem do monobloco até a integração de sistemas elétricos, freios e eixos. Em um futuro próximo, a GWM pretende iniciar a montagem de baterias de lítio no Brasil, o que consolidará ainda mais a sua presença no mercado nacional. Especialistas estimam que a demanda global por baterias de lítio para veículos elétricos deve atingir de 20 a 30 milhões de unidades por ano até 2030, o que cria uma grande oportunidade para a GWM se destacar no setor.

Além disso, a montadora está estreitando laços com institutos de pesquisa brasileiros para viabilizar o desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam ser aplicadas no Brasil. Essa cooperação visa criar um ambiente favorável à inovação e garantir que a GWM continue na vanguarda da indústria automotiva.

A GWM está determinada a fazer do Brasil uma peça-chave em sua estratégia global de expansão de veículos híbridos e elétricos. Com o apoio do Programa Mover, a montadora tem como objetivo não apenas atender à demanda interna, mas também utilizar o Brasil como base para a exportação de veículos para outros mercados sul-americanos.

Fonte: AutosSegredos, CarrosComCamazi e CorreioDoPovo.