GWM: montadora chinesa lidera transição verde com frota recorde de caminhões a hidrogênio na China

A GWM alcançou a marca de 2 mil caminhões a hidrogênio em circulação, reforçando sua liderança global em transporte limpo. A tecnologia, já testada no Brasil, ganha espaço como alternativa sustentável.
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A GWM, uma das maiores montadoras chinesas, atingiu um marco importante em sua estratégia de descarbonização: já são mais de 2 mil caminhões movidos a célula de combustível em operação, um dos maiores volumes do setor em todo o mundo. A expansão ocorre com a entrada de 500 novos veículos na cidade de Baoding, reforçando o compromisso da marca com o transporte limpo em larga escala.

Pontos Principais:

  • A GWM alcançou 2 mil caminhões movidos a hidrogênio em circulação.
  • Nova frota inclui 200 caminhões leves e 300 pesados para transporte e logística.
  • No Brasil, a marca realiza testes em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
  • A tecnologia de célula a combustível é vista como pilar da mobilidade de emissão zero.

Do total, 200 unidades são caminhões leves destinados ao transporte refrigerado e à distribuição de alimentos, enquanto 300 são caminhões pesados usados na logística de carvão. A empresa destaca que o resultado comprova a viabilidade operacional da tecnologia de hidrogênio em diferentes segmentos, especialmente aqueles que exigem grande autonomia e força de tração.

Com a nova frota, a GWM atinge 2 mil caminhões a hidrogênio, incluindo modelos leves e pesados em operação na China. A expansão demonstra a maturidade da célula a combustível na indústria automotiva.
Com a nova frota, a GWM atinge 2 mil caminhões a hidrogênio, incluindo modelos leves e pesados em operação na China. A expansão demonstra a maturidade da célula a combustível na indústria automotiva.

O avanço da GWM Hydrogen, divisão especializada da marca, representa uma etapa significativa no desenvolvimento do transporte de emissão zero. Segundo Davi Lopes, Head da GWM Hydrogen-FTXT Brasil, a consolidação da frota reflete a maturidade tecnológica do grupo e o foco em soluções de longo alcance para reduzir a poluição e o uso de combustíveis fósseis.

A iniciativa é vista por especialistas como um passo estratégico na corrida global pela descarbonização do setor de transporte. A célula a combustível, que utiliza hidrogênio como fonte de energia, emite apenas vapor d’água como subproduto e oferece tempos de abastecimento menores em comparação aos elétricos a bateria, embora ainda dependa de infraestrutura própria para distribuição do gás.

No Brasil, a GWM também avança nessa agenda. O país foi o primeiro da América Latina a receber um caminhão movido a hidrogênio da marca, apresentado durante a inauguração do Laboratório de Hidrogênio (LabH2) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. O modelo é usado para estudos sobre desempenho, segurança e aplicabilidade em rotas urbanas e rodoviárias.

A parceria entre a GWM e o IPT tem como objetivo mapear desafios e oportunidades para viabilizar o uso do hidrogênio em veículos pesados, ajudando a consolidar uma nova cadeia produtiva nacional. O foco é criar bases técnicas e normativas que permitam a introdução gradual dessa tecnologia em frotas comerciais no país, dentro da meta de economia de baixo carbono.

Com operações em expansão na China e cooperação ativa no Brasil, a GWM Hydrogen powered by FTXT se posiciona como uma das empresas mais influentes no avanço da mobilidade sustentável. O movimento confirma a estratégia chinesa de liderar a transição energética no setor automotivo e demonstra que o hidrogênio deve ganhar protagonismo entre as fontes de energia limpa da próxima década.

Fonte: Gwmmotors.

Alan Corrêa
Alan Corrêa
Jornalista automotivo (MTB: 0075964/SP) e analista de mercado. Especialista em traduzir a engenharia de lançamentos e monitorar a desvalorização de usados. No Carro.Blog.br, assina testes técnicos e guias de compra com foco em durabilidade e custo-benefício.