Honda WR-V vende bem, encosta no HR-V e expõe a demanda que a Honda ainda não consegue atender

WR-V inicia vendas acima de City hatch e sedã, cresce nas dimensões, mantém motor 1.5, entrega pacote completo de segurança, esgota versões e cria filas até 2026 por falta de estoque.
Publicado em Mercado Automotivo dia 3/12/2025 por Alan Corrêa

A nova geração do Honda WR-V entrou nas lojas ocupando um espaço estratégico que a Honda vinha preparando desde a pré-venda de outubro. Em novembro, o SUV compacto confirmou o fôlego comercial e superou City hatch e City sedã em emplacamentos, mostrando que a marca acertou a leitura de demanda logo no início da oferta.

Pontos Principais:

  • WR-V supera City hatch e sedã no primeiro mês de entregas.
  • SUV cresce nas dimensões e oferece 458 litros de porta malas.
  • Motor 1.5 aspirado com CVT e pacote Honda Sensing de série.
  • Versão EXL esgota rápido, filas chegam ao início de 2026.
WR-V supera City nas vendas, fica maior que o antecessor, segue com motor 1.5, traz Honda Sensing de série e enfrenta falta de unidades, filas e estoques mínimos na rede.

O desempenho foi imediato. O WR-V somou 1.342 unidades no primeiro mês de entregas, impulsionado pelo interesse acumulado na pré-venda e pela procura maior pela versão EXL. O volume só não foi mais alto porque a rede ainda opera com estoques limitados, situação relatada por concessionários consultados em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal. Em várias lojas, não há pronta-entrega e pedidos feitos agora só chegam no início de 2026, cenário que mantém filas de espera e confirma o apetite por um SUV compacto mais espaçoso dentro da gama Honda.

Por que o WR-V virou prioridade nas lojas

O posicionamento ajuda a explicar a rápida adesão. O novo WR-V cresceu em todas as dimensões e passou a medir 4,32 metros de comprimento, ficando praticamente no nível do HR-V e maior que Kicks Play, Pulse e T-Cross nas medidas básicas. A distância entre-eixos de 2,65 metros e o porta malas de 458 litros elevam a percepção de utilidade, ponto sensível para compradores que migraram de hatches como o City.

Segundo o AutoEsporte, a decisão da Honda de usar apenas o motor 1.5 DI i-VTEC aspirado, com 126 cv e 15,8 kgfm, reforça a proposta de simplicidade técnica e manutenção previsível. O conjunto trabalha com câmbio CVT de sete marchas simuladas e entrega consumo aprovado pelo Inmetro com 12 km/l na cidade e até 12,8 km/l na estrada com gasolina. O pacote de segurança Honda Sensing de série em todas as versões agrega ACC, alerta de colisão frontal, frenagem automática e assistente de permanência em faixa, recurso que rivais costumam reservar às versões mais caras.

O que cada versão entrega

A configuração EX, tabelada em R$ 144.990, traz seis airbags, faróis em LED, rodas de 17 polegadas, ar digital, multimídia, câmera de ré e assistente de partida em rampa. Já a EXL, por R$ 149.990, adiciona rack de teto, revestimento que imita couro, faróis de neblina em LED e carregador por indução. Segundo concessionários, esta é a variante que esgota primeiro, movimento impulsionado por compradores que buscam o pacote mais completo antes da normalização dos estoques.

Impacto no portfólio da Honda

Com a rede abastecida, a expectativa interna é que o WR-V assuma a liderança de vendas da marca no país, ultrapassando o HR-V. Pela combinação de espaço, pacote de segurança e preço competitivo, o SUV se posiciona como a porta de entrada mais completa da Honda, sem disputar diretamente com modelos turbo de concorrentes, mas oferecendo um equilíbrio que tem convencido quem busca um carro familiar com manutenção simples.