O Jeep Avenger já foi visto em testes no Brasil e está confirmado como o próximo passo da marca no segmento de SUVs compactos. A Stellantis aposta no modelo como porta de entrada para a Jeep no país, mirando um público que busca um carro versátil, mais acessível que o Renegade, mas sem abrir mão de tecnologias e espaço interno.
Com previsão de produção nacional em 2026, o Avenger deve sair da linha de montagem de Porto Real, no Rio de Janeiro, a mesma planta que fabrica os Citroën C3 e Aircross. Essa escolha garante flexibilidade e aproveitamento da plataforma já existente, a CMP, que também serve de base para modelos Peugeot e Citroën. É uma estratégia de racionalização que deve ajudar na competitividade de preços.

As dimensões revelam que, apesar de compacto, o Avenger é funcional. São 4,08 metros de comprimento e entre-eixos de 2,56 metros, oferecendo espaço interno equilibrado. O porta-malas, de 380 litros, supera o do Renegade, tradicionalmente criticado pelo volume menor. Esse diferencial coloca o modelo em vantagem frente a rivais diretos como VW Tera e Renault Kardian, que estreiam na mesma faixa de mercado.
O conjunto mecânico aposta no motor 1.0 turbo flex de 130 cv e 20,4 kgfm, alinhado às demandas de eficiência e desempenho. Na Europa, o Avenger já oferece opções híbridas e elétricas, incluindo a versão 4xe com tração integral e dois motores elétricos. No Brasil, a estreia deve se concentrar em versões flex e híbridas leves, com possibilidade futura de eletrificação mais avançada.
A versão 4xe, já avaliada no mercado europeu, agrega elementos que reforçam a identidade Jeep, como suspensão traseira independente, ângulos off-road mais generosos e sistemas de tração configuráveis para diferentes tipos de terreno. O desempenho é competitivo, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos, velocidade máxima de 194 km/h e consumo médio de 18,5 km/l, números que o colocam acima de alguns concorrentes asiáticos.

Mesmo sendo um SUV de entrada, o Avenger 4xe europeu mostra como a Jeep equilibrou custos e recursos. O acabamento interno é simples, mas funcional, com central multimídia de 10,25 polegadas, integração sem fio para smartphones e carregador por indução. O porta-malas é reduzido para 325 litros nas versões eletrificadas, mas o espaço interno ainda acomoda quatro adultos de até 1,80 m com conforto.

Para o mercado brasileiro, a expectativa é de preços na faixa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, o que o posiciona diretamente contra Fiat Pulse Abarth, Renault Kardian e VW Tera. A Jeep busca, com isso, ampliar sua presença em um segmento que cresce rapidamente e onde os consumidores valorizam equilíbrio entre preço, desempenho e identidade de marca.
Fonte: Jeep, Garagem360, QuatroRodas e UOL.