O Jeep Renegade já ocupou a liderança entre os SUVs mais vendidos do Brasil, sendo um dos grandes responsáveis por popularizar o segmento. Nos últimos anos, no entanto, perdeu protagonismo diante de rivais mais modernos e diversificados, apesar da troca dos antigos motores 1.8 aspirado e 2.0 turbodiesel pelo atual 1.3 turbo. A falta de grandes mudanças desde seu lançamento em 2015 deixou o modelo em uma posição vulnerável no mercado.
Esse comportamento criou dois públicos distintos. De um lado, consumidores fiéis que se mantêm no Renegade, trocando o usado por outro novo dentro da própria gama. De outro, clientes que migraram para alternativas mais espaçosas e tecnologicamente atualizadas. Para recuperar espaço, a Jeep aposta em uma renovação mais profunda para 2026, com destaque para um sistema híbrido inédito na categoria.

O Renegade 2026 utilizará o novo Hybrid e-DCT 48V, tecnologia que também será aplicada a modelos como Toro e Commander. O diferencial desse conjunto está na capacidade de o motor elétrico não apenas auxiliar em partidas e retomadas, mas também tracionar o carro sozinho em determinados momentos, permitindo que o motor a combustão atinja a temperatura ideal de funcionamento.
A Stellantis posiciona o sistema como mais robusto que o híbrido leve de 12V usado por Fiat Pulse e Fastback. Enquanto estes entregam cerca de 4 cv de potência elétrica adicional, o novo conjunto de 48V do Renegade promete aproximadamente 30 cv, totalizando até 200 cv combinados com o motor 1.3 turbo. Essa diferença não se limita aos números, mas também ao comportamento dinâmico e ao nível de eficiência.
O resultado é um SUV que pode funcionar como híbrido pleno em determinadas condições, aproximando-se da proposta já vista em modelos como o Toyota Corolla. Isso significa mais economia de combustível e menor emissão de poluentes, preparando o veículo para as novas fases do Proconve, o programa de controle de emissões brasileiro.
Além da evolução mecânica, o Renegade também passará por uma reestilização que busca modernizar seu visual, reforçando a identidade da marca sem perder a característica robustez que atrai um público fiel. O conjunto entre design renovado e eletrificação leve, porém mais sofisticada, é a aposta da Jeep para reposicionar o modelo entre os SUVs médios e compactos.
A expectativa é que, ao combinar tradição e inovação, o Renegade recupere relevância no segmento e volte a ser uma escolha competitiva não apenas pelo custo-benefício, mas também pela tecnologia embarcada. O sistema híbrido de 48V poderá ser um divisor de águas para a estratégia da Jeep no Brasil, influenciando até mesmo o futuro de outros modelos produzidos no país.
Fonte: Stellantis e Mobiauto.