A chegada da Leapmotor ao Brasil delineia uma estratégia de eletrificação significativa, com a estreia do modelo C10 já em novembro e a promessa do B10 para o início de 2026. A operação da Stellantis via essa marca sinaliza ambição de escala e posicionamento, além de oferecer tecnologia diversificada para o público brasileiro.
No C10, a versão elétrica foi homologada com autonomia de 338 km segundo o ciclo nacional do Inmetro e, embora a capacidade da bateria não tenha sido confirmada, estimativas apontam para cerca de 69,9 kWh com base em dados do Chile. Já a variante híbrida em série, embora classificada como plug-in, utiliza motor 1,5 litro de 96 cv apenas como gerador de energia para a bateria de 28 kWh e motor elétrico de 231 cv, entregando autonomia elétrica de 111 km e consumo que atinge 33,5 km/l na cidade com bateria carregada.

Essa combinação técnica reforça a proposta da marca de trazer soluções de mobilidade elétrica com apelo real para o consumidor. As dimensões do C10 — 4,74 metros de comprimento, 1,90 de largura, 1,68 de altura e entre-eixos de 2,83 m — o posicionam no patamar de utilitários médios premium, em linha com modelos como o Jeep Commander. A utilização da plataforma Leap 3.0, já presente na China e Europa, dá suporte técnico a essa ambição.
Por sua vez o B10 surge como alternativa mais acessível no universo elétrico brasileiro, com motor elétrico de 218 cv e torque de 24,5 kgfm, bateria de capacidade provável entre 67,1 kWh e autonomia homologada de 288 km. Com 4,52 metros de comprimento, entre-eixos de 2,74 m e porta-malas de 420 litros, ele disputa no segmento médio-pequeno enfrentando modelos de origem chinesa como BYD Yuan Plus, Geely EX5 e Omoda 5.
A escolha da Stellantis de homologar versões com tais números de autonomia antes do lançamento oficial revela estratégia de marketing e preparação de terreno para conquistar consumidores que priorizam dados técnicos. A diversificação entre versões elétrica pura e híbrida em série dá à marca versatilidade para alcançar perfis variados de condutores e mercados.
Para o mercado brasileiro o impacto pode ser substancial, dado o crescimento esperado dos veículos eletrificados e a pressão sobre os fabricantes para inovar. O C10 e o B10 entram em competição direta com outras marcas já estabelecidas, e trazem uma combinação de autonomia, potência e escala que podem acelerar a adoção de elétricos no país. A presença da Stellantis oferece respaldo de rede de peças e serviços o que reforça a confiança do comprador.
O cenário revela que a Leapmotor pode colocar o Brasil como palco importante em sua expansão global, com a dupla de modelos capaz de cobrir desde o segmento premium médio até a entrada elétrica. A proposta técnica detalhada do C10 e do B10 oferece aos interessados um conjunto completo com dados claros e robustos, fortalecendo a argumentação para quem busca adotar mobilidade elétrica com respaldo de marca.
Fonte: AutoEsporte.