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Mecânico cria carro anfíbio, entra no mar de São Vicente, mas acaba tendo veículo apreendido

Na Praia do Gonzaguinha, em São Vicente, um carro anfíbio surpreendeu ao andar sobre o mar e viralizar nas redes. Criado pelo mecânico Caio Strumiello, o veículo foi apreendido por falta de licença. Ele afirma que o projeto é seguro e planeja recorrer à Justiça para recuperá-lo e regularizá-lo.
Publicado em Notícias dia 12/01/2025 por Alan Corrêa

O carro anfíbio criado pelo mecânico Caio Strumiello circulou sobre o mar de São Vicente e viralizou nas redes sociais, atraindo curiosidade de moradores e turistas. No entanto, o veículo foi apreendido pela Capitania dos Portos, que alegou falta de licença para navegação. A abordagem ocorreu na Praia do Gonzaguinha após denúncia recebida pela Guarda Civil Municipal (GCM).

Pontos Principais:

  • Carro foi construído a partir de um casco de barco com rodas e dois motores.
  • Viralizou nas redes sociais após circular no mar de São Vicente, SP.
  • Veículo foi apreendido por falta de licença e documentação para navegação.
  • Mecânico criador pretende acionar a Justiça para reaver o veículo.

Segundo Strumiello, o veículo foi desenvolvido utilizando um casco de barco, rodas e dois motores – um de motocicleta e outro estacionário, comumente utilizado em máquinas para caldo de cana. Ele afirmou que o sistema foi projetado para evitar poluição e que os motores ficam isolados da água, funcionando de forma similar a navios.

A Prefeitura de São Vicente explicou que a GCM foi ao local para verificar possíveis riscos à população e ao meio ambiente, como vazamento de óleo. Após constatar que se tratava de um veículo artesanal, a Capitania dos Portos foi acionada, e o carro foi apreendido.

Strumiello relatou que vinha realizando testes com o veículo há aproximadamente um mês. Ele disse que a apreensão foi motivada pela repercussão nas redes sociais e destacou que a criação poderia ser utilizada para salvamentos aquáticos.

O mecânico tentou retirar o carro no último fim de semana, mas não conseguiu devido à ausência de documentação. Ele anunciou que pretende buscar apoio jurídico para reaver o veículo e regularizá-lo.

A Prefeitura informou que o caso foi tratado com prioridade para assegurar que não houvesse riscos ambientais. O município reforçou que a Capitania dos Portos é o órgão responsável pela fiscalização de veículos que transitam na água.

Strumiello lamentou a apreensão e afirmou que falta incentivo para inventores brasileiros. Ele sugeriu que iniciativas como a sua poderiam ser utilizadas em diversas finalidades, desde o turismo até operações de segurança e resgate.

A repercussão do caso também gerou debates sobre a regulamentação de veículos artesanais no Brasil. Especialistas defendem a criação de políticas públicas que incentivem a inovação, mas que também garantam a segurança e o respeito às leis ambientais.

Fonte: G1, Terra e Uol.