O Mitsubishi Lancer GT 2.0 2015 voltou a circular com força nas buscas num momento em que o motorista brasileiro tenta escapar da sensação de estar pagando caro por carros cada vez mais simples. Isso importa agora porque o país vive um vácuo real na faixa dos sedãs médios, um espaço que SUVs compactos não conseguem preencher em estabilidade, dirigibilidade ou sensação de carro adulto. O Lancer retorna justamente por oferecer aquilo que falta no mercado atual: previsibilidade mecânica, postura firme e custo de entrada ainda aceitável.
Ele dialoga diretamente com famílias pequenas que não querem mais abrir mão do prazer ao dirigir. Enquanto o mercado empurra o consumidor para carros altos e frágeis, o Lancer 2015 sustenta a própria identidade. E quando você percebe que um GT automático bem cuidado custa perto de R$ 65 mil, começa a entender por que tanta gente revisita esse modelo agora.

O Brasil perdeu seus sedãs médios nacionais, e os importados ficaram distantes do bolso. Esse deserto abriu um espaço silencioso para modelos usados que ainda entregam maturidade ao volante. O Lancer 2015 virou uma âncora nessa paisagem: sólido, equilibrado e sem depender de truques eletrônicos para se manter relevante.
O conjunto 2.0 de 160 cv, aliado ao câmbio CVT, não tenta ser algo que não é. Ele entrega estabilidade emocional para quem dirige diariamente e precisa de um carro que responda sem esforço.

O 2.0 DOHC oferece 160 cv e 20,1 kgfm com respostas honestas. Não entrega esportividade bruta, mas entrega confiança estrutural, o que pesa mais quando o motorista encara tráfego, serra ou rodovia cheia. O CVT de 6 marchas simuladas exige cuidado em carros com quilometragem alta, mas quando revisado mantém o comportamento suave e previsível que caracteriza o Lancer.
As médias de 9,1 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada, junto ao tanque de 59 litros, garantem viagens longas sem a sensação de estar lutando contra o consumo. Para quem roda bastante, isso muda a experiência.

Por dentro, o Lancer 2015 acomoda cinco pessoas com naturalidade. Os bancos em couro, o ar automático e o porta malas de 430 litros entregam o básico necessário para uma família que viaja. A posição de dirigir baixa cria uma relação mais direta com o carro, algo que desapareceu na maioria dos modelos modernos. Mesmo com a central multimídia datada, o pacote geral transmite a sensação de carro que ainda se sustenta.

O conjunto McPherson na frente e multibraço atrás garante estabilidade, principalmente em curvas. O carro apoia, não hesita e transmite controle para o motorista. Nas vias ruins, porém, o acerto mais firme denuncia unidades mal cuidadas. Aqui, manutenção define a experiência.
Freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica criam uma sensação de carro que responde ao toque. Os pneus 215 45 R18 entregam aderência e visual, mas cobram atenção no bolso.
Esses fatores definem se o Lancer será um aliado por muitos anos ou uma experiência frustrante.
O Lancer GT 2.0 automático 2015 se mantém na casa dos R$ 65 mil, faixa que entrega mais carro do que muitos sedãs compactos e SUVs usados no mesmo preço. É nesse contraste que o modelo ganha força.
O GT busca o equilíbrio entre preço, presença e mecânica confiável.
O Lancer 2015 sobrevive porque entrega algo raro no mercado atual: coerência. Ele não promete mais do que pode e não depende de eletrônica para parecer moderno. É um sedã que se mantém relevante pelo que oferece ao volante.
Para quem enxerga o carro não como objeto de moda, mas como ferramenta diária que precisa durar, o Lancer GT 2015 segue sendo uma alternativa honesta. E num mercado onde quase tudo ficou caro demais, essa honestidade vale o clique, vale a busca e vale a compra.