O Mustang Dark Horse, considerado o mais potente da história da Ford entre os modelos produzidos em série, está prestes a desembarcar oficialmente no mercado brasileiro. A montadora prepara sua apresentação para o Autódromo de Interlagos, durante os treinos das 6 Horas de São Paulo, evento que integra o calendário do Campeonato Mundial de Endurance. A movimentação não é isolada: faz parte de uma estratégia global da marca para fortalecer sua imagem esportiva, especialmente com o retorno à categoria Hypercar do WEC a partir de 2027.
Sob o capô, o esportivo traz a quarta geração do motor Coyote 5.0 V8, com componentes internos reforçados que permitem alcançar os 500 cv de potência e 57,8 mkgf de torque. O propulsor conta com soluções inspiradas no Shelby GT500, como bielas forjadas, virabrequim balanceado e comando de válvulas com eixos reforçados. A preparação permite que o corte de rotação ocorra nas 7.500 rpm, reforçando a vocação de pista do modelo.

Diferentemente do mercado norte-americano, onde há opção de câmbio manual, o Mustang Dark Horse chegará ao Brasil exclusivamente com transmissão automática de dez marchas. A decisão reflete a estratégia da marca em adaptar o produto às preferências do consumidor local, que valoriza desempenho aliado ao conforto na condução urbana. O conjunto mecânico ainda é complementado por diferenciais como suspensão ativa MagneRide e freios Brembo de seis pistões com sistema de resfriamento.
Visualmente, o Dark Horse assume uma identidade própria dentro da linha Mustang. O modelo exibe faróis escurecidos, grade frontal em preto brilhante e um logotipo inédito com a cabeça do cavalo voltada para frente. A carroceria não exibe os nomes “Ford” ou “Mustang”, uma escolha proposital para reforçar o caráter exclusivo da versão. Outros aprimoramentos envolvem ajustes na aerodinâmica e chassi, voltados para maior precisão em altas velocidades.

Entre os itens de série, o modelo vendido no Brasil virá com o pacote Performance Pack, que nos Estados Unidos é opcional. O conjunto inclui rodas e pneus traseiros mais largos, diferencial Torsen e freio eletrônico com modo drift. O objetivo da marca é entregar uma experiência completa ao entusiasta, pronta para o uso em pista sem necessidade de modificações adicionais. O carro também permite o acionamento remoto do motor, reforçando o foco em tecnologia.

O lançamento brasileiro vem em momento de alta no mercado de carros esportivos de luxo, mas o Dark Horse terá público restrito. Com a versão GT Performance já posicionada em R$ 549 mil e a GT manual vendida por R$ 600 mil, espera-se que o novo topo de linha ultrapasse essa faixa. A produção limitada e os diferenciais de engenharia e acabamento justificam a precificação premium, embora o valor final ainda não tenha sido confirmado oficialmente.
A chegada do Mustang Dark Horse marca o retorno da Ford ao discurso de performance que consolidou sua imagem nas décadas passadas. Mais do que um produto, o modelo representa um aceno à herança da marca nas pistas, relembrando duelos icônicos com a Ferrari nos anos 1960. A estratégia combina o peso histórico com tecnologias atuais, colocando o Brasil novamente no mapa dos lançamentos globais de alto desempenho.
Fonte: Ford.