Brasileiro é apaixonado por carro há muito tempo. E só de ouvir o nome “Mustang” o coração já palpita mais forte, mais rápido. Pensar em tudo que poderia fazer se tivesse um desse na garagem… Mas este sonho é para poucos!
Não se trata apenas da velocidade. É claro que o Ford Mustang é um veículo muito mais rápido do que a maioria dos automóveis que vemos pelas ruas. Mas não é só isso. Mais do que tudo ele é um símbolo.
Hoje em dia é muito fácil ter um automóvel, algumas famílias têm até um para cada pessoa, e a garagem fica abarrotada de carros, às vezes nem cabem todos… Mas isso nem sempre foi assim.
Em alguma época um pouco distante de nós ter um carro era símbolo de autonomia, de independência, de liberdade. Você podia ir para onde quisesse, para alguns lugares que só o carro podia te levar, ou que apenas de carro era possível aproveitar toda a beleza da viagem.
De alguma forma misteriosa, o Ford Mustang, ainda em nossos dias, passa essa impressão. Não dá pra dizer exatamente se é seu estilo esportivo e meio agressivo, ou se é o ronco do seu possante V8 5.0 litros sob o capô, ou talvez apenas sua lendária figura passando nos filmes da nossa adolescência.
Ver as cenas desses filmes, alguns até um pouco antigos já, como o “007 Contra Goldfinger (1964)”, ou “Eu Sou a Lenda (2007)” onde o protagonista Will Smith usa um Mustang Shelby GT500, tudo isso nos dá uma instintiva vontade de se divertir dentro desse muscle car.
Aqui no Brasil, porém, onde as nossas vias não são tão boas quanto gostaríamos, esse passeio talvez não fosse tão incrível quanto por aquelas estradas norte-americanas com retas a perder de vista, ou pelas autopistas europeias que desembocaria num pequeno vilarejo pitoresco onde o vinho regional seria o prêmio de uma viagem longa e desgastante.
Nesses rincões tudo nos parece mais bonito, mais gostoso. Mas pode ser apenas a nossa imaginação.
Para alguns, porém, a coisa se pinta de uma forma diferente na imaginação. Um autódromo, que poderia até ser o de Interlagos, mas melhor ainda se fosse em Silverstone. Um dia inteiro de diversão misturada com técnica de corrida, sem se preocupar com o desgaste dos pneus, nem com o excessivo consumo de combustível.
Quem sabe, ao fim da tarde, enquanto o Sol se põe, para fechar o dia com chave de ouro, uma competição onde só 15 ou 20 Mustangs participariam e, claro, você que está sonhando seria o vencedor depois de uma disputa acirrada com um piloto inglês renomado. Porque não? Tudo é possível, em sonhos…
Mas nosso leitor não quer ficar apenas nos devaneios de um relato sonhador. Precisamos falar um pouquinho do carro. Mas para não deixar o sonho completamente de lado, hoje vamos considerar em nossa análise a versão conversível do Ford Mustang, e na cor vermelha maçã do amor.
Portanto, estamos falando do Ford Mustang 5.0 V8 GT conversível. Sua motorização está composta, como o nome sugere, pelo motor V8, 5.038 cm3, 24V, injeção direta e indireta, com 450 cv de potência a 7.000 rpm e um torque máximo de 53,9 kgfm a 4.600 rpm. O câmbio é automático, de 10 marchas, com tração traseira.
Uma verdadeira máquina de prazer, um brinquedo de gente grande – e rica – que todo mundo gostaria de ter na garagem. Mas, infelizmente, é para poucos. Na Inglaterra o modelo custa 48.545 libras (R$ 250.000). Mas aqui no Brasil, o preço da versão Mach 1 2021 é de R$ 523.950.