Vendas de motos devem crescer 14% em 2024, superando 1,7 milhão de unidades, diz Abraciclo

As vendas de motocicletas no Brasil devem aumentar 14% em 2024, com a produção superando 1,7 milhão de unidades, de acordo com estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Essa projeção revisada representa um aumento em relação à previsão inicial de 1,69 milhão de unidades.

As vendas de motocicletas novas no Brasil continuam a crescer em 2024, superando as expectativas anteriores e atingindo uma projeção de 1,7 milhão de unidades até o fim do ano. A previsão inicial era de 1,69 milhão, mas a Abraciclo revisou os números, apontando para um crescimento de 14%. O aumento deve-se ao aquecimento do mercado interno, impulsionado pela alta demanda por motocicletas no país.

As montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus, que abrigam grandes marcas como Honda e Yamaha, continuam a liderar a produção nacional. A produção no polo gerou um faturamento de R$ 31 bilhões no ano passado, com mais de 18,4 mil trabalhadores empregados diretamente. Essas empresas também enfrentam desafios logísticos, como apontado pelo presidente da Abraciclo, Marcos Bento, durante uma coletiva de imprensa online.

Bento destacou que, apesar das dificuldades de escoamento da produção, a demanda por motocicletas segue em alta. Ele ressaltou a importância do último trimestre do ano, que tradicionalmente apresenta números positivos devido à injeção do 13º salário na economia. A previsão atual de 1,7 milhão de unidades reflete o otimismo com esse período.

Enquanto o mercado doméstico cresce, as exportações devem permanecer estáveis, com um leve aumento de 6% em relação às 32.931 unidades exportadas em 2023. A Abraciclo estima que o total de unidades exportadas neste ano deve chegar a aproximadamente 34.000.

Além disso, a Honda e a Yamaha estão renovando suas linhas de scooters em uma tentativa de atrair novos consumidores. As montadoras estão apostando em inovações tecnológicas e designs atualizados para conquistar tanto o público já fiel quanto novos adeptos que buscam mais praticidade e economia no dia a dia.

As montadoras estão se preparando para um aumento na produção e já estão em diálogo com fornecedores para garantir que todas as linhas de produção instaladas no Polo Industrial de Manaus estejam plenamente operacionais, conforme a demanda do mercado brasileiro.

Produção de motos no Brasil atinge maior nível em 12 anos com 1,3 milhão de unidades fabricadas em 2024

Produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus atinge maior nível em mais de uma década, apesar dos desafios logísticos causados pela seca na região.

A produção de motocicletas no Brasil atingiu 1.323.300 unidades no Polo Industrial de Manaus entre janeiro e setembro de 2024. Esse número representa um aumento de 131,4 mil unidades em comparação ao mesmo período de 2023, resultando em um crescimento de 11%. Os dados são da Associação dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo).

O mês de setembro de 2024 registrou a fabricação de 144.084 motocicletas, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior e 12,2% em comparação a agosto deste ano. A produção de motos na região de Manaus responde por mais de 95% do total produzido no Brasil, destacando a importância do Polo Industrial da região para o setor.

Apesar da seca histórica que atinge a região de Manaus, o setor continua a projetar crescimento para o ano. A expectativa é de que a produção chegue a 1,72 milhão de unidades em 2024, o que representaria um aumento de 9,3% em relação à projeção inicial de 1,69 milhão. A seca tem gerado dificuldades logísticas, uma vez que o Rio Negro, fundamental para o transporte de mercadorias, está registrando a menor profundidade em 122 anos. A indústria adotou medidas como a criação de um porto temporário em Itacoatiara (AM) e a antecipação de estoques e produção para mitigar os impactos.

O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, comentou sobre o aumento dos custos logísticos, mas não especificou se esses aumentos serão repassados ao consumidor final. Mesmo assim, o setor de motocicletas mantém uma perspectiva otimista para o final do ano, impulsionada pela alta demanda e pela injeção do 13º salário na economia, que tradicionalmente aquece as vendas no último trimestre.

No acumulado de 2024, até o terceiro trimestre, foram registrados 1.410.230 emplacamentos de motocicletas no país, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), um aumento de 19,45% em comparação com o mesmo período de 2023. Motos do tipo street e flex são as mais fabricadas e vendidas, lideradas pela Honda CG 160, com mais de 330 mil unidades vendidas nos primeiros nove meses de 2024.

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A lista de motos mais vendidas continua dominada pela Honda, que ocupa as seis primeiras posições no ranking, com destaque para os modelos CG 160, Biz, Pop 110i e NXR 160. As motocicletas flex representam 65,2% da produção total até setembro, enquanto as movidas exclusivamente a gasolina correspondem a 34,8%.

O segmento de motocicletas street é o mais popular entre os consumidores brasileiros, representando 49,2% do total de motos fabricadas em 2024. As motos trail aparecem em segundo lugar, com 19,6% do total de produção. Entre os modelos de destaque estão a Yamaha Crosser e Lander, além da Honda XRE 190 e Bros 160.

Motos mais vendidas

• Honda CG 160: 330.254 unidades;
• Honda Biz: 213.054 unidades;
• Honda Pop 110i: 122.703 unidades;
• Honda NXR 160: 115.317 unidades;
• Honda CB300F: 45.010 unidades;
• Honda PCX 160: 43.948 unidades;
• Mottu Sport 110: 42.603 unidades;
• Yamaha YBR 150: 38.755 unidades;
• Yamaha Fazer 250: 36.148 unidades;
• Yamaha XTZ 250: 35.344 unidades.

Fonte: R7, G1 e Motor1.