BYD Song Pro 2026: compro agora ou espero chegar a nova versão flex?

A decisão entre o Song Pro atual com preço forte e o futuro híbrido flex expõe duas rotas claras, custo imediato ou tecnologia bicombustível mais alinhada ao uso do brasileiro.
Publicado por em Mercado Automotivo dia

A dúvida sobre comprar agora o BYD Song Pro ou esperar a chegada da versão flex virou um daqueles temas que circulam entre consumidores, varejistas e consultores de frota. Não é um dilema teórico, é uma escolha que mexe com bolso, hábito de uso e o rumo dos SUVs híbridos no Brasil. O ponto que acende essa discussão é simples, o modelo atual tem uma condição comercial agressiva, mas a linha prevista para 2027 traz uma mudança que conversa diretamente com o comportamento do motorista brasileiro.

O modelo atual do BYD Song Pro compete diretamente com a expectativa criada pelo híbrido flex previsto para 2027, apresentado como protótipo na COP30.
O modelo atual do BYD Song Pro compete diretamente com a expectativa criada pelo híbrido flex previsto para 2027, apresentado como protótipo na COP30.

Pontos Principais:

  • Song Pro 2027 receberá motor híbrido flex com desempenho próximo em etanol e gasolina.
  • Versão 2026 tem forte desconto para CNPJ, criando vantagem imediata de custo real.
  • Atualização futura pode incluir central de 15,6 polegadas e interior revisado.
  • Rivais não combinam arquitetura plug in com uso pleno de etanol como previsto na BYD.

O foco está no novo conjunto híbrido flex antecipado pelo protótipo exibido pela BYD na COP30. A marca prepara um motor 1.5 capaz de entregar praticamente o mesmo rendimento com etanol ou gasolina, algo que coloca o Song Pro em um caminho que nenhum concorrente segue com a mesma lógica. Num país onde o preço do combustível muda o humor do motorista de uma semana para outra, poder alternar sem perda de eficiência é um recurso que impacta o custo real de uso, não só a ficha técnica.

Hoje, o Song Pro vendido no Brasil opera com o conjunto híbrido plug in já conhecido, eficiente e competitivo. E aqui entra o primeiro ponto que pesa a favor da compra imediata. A BYD posicionou o modelo 2026 com um desconto expressivo para CNPJ, baixando o valor de R$ 189.990 para R$ 159.990. No segmento de SUVs eletrificados, esse tipo de abatimento não tem paralelo. Jeep Compass 4xe e Toyota Corolla Cross Hybrid continuam acima, mesmo quando entram em campanhas de varejo.

A linha 2027 não deve alterar a estrutura geral do SUV, mas traz pequenas evoluções. O protótipo usado como referência mostra uma frente redesenhada, com linhas mais marcantes e grade revista. No interior, há a possibilidade de adoção do pacote estreado na China em 2024, com a tela de 15,6 polegadas substituindo a atual de 12,8, além do software mais rápido e das revisões de materiais e ergonomia. Nada revolucionário, mas suficiente para deixar o conjunto mais moderno.

Esses avanços colocam o SUV da BYD em posição interessante frente aos rivais. O Toyota Corolla Cross ainda é o híbrido mais tradicional do segmento, porém seu sistema não trabalha com etanol da mesma forma que o conjunto previsto para o BYD. Já o Jeep Compass 4xe oferece mais potência, mas cobra caro por isso e não entrega a mesma autonomia elétrica. A possibilidade de ter um híbrido plug in que aceita etanol sem perda de eficiência cria um diferencial que conversa diretamente com o mercado brasileiro, onde o combustível renovável é rotina e não exceção.

A futura versão híbrida flex trará motor 1.5 que promete manter rendimento muito próximo usando etanol ou gasolina, algo relevante para quem depende do combustível mais vantajoso.
A futura versão híbrida flex trará motor 1.5 que promete manter rendimento muito próximo usando etanol ou gasolina, algo relevante para quem depende do combustível mais vantajoso.

Para quem pensa na compra agora, a pergunta é objetiva. Etanol faz parte da sua rotina ou não? Se não faz, o Song Pro atual resolve a equação, entrega boa eficiência, tem pacote completo e, principalmente, vem com um preço que dificilmente será repetido quando a versão flex estrear. O consumidor que decide com foco econômico encontra no modelo atual a melhor combinação entre produto e condição comercial.

Quem valoriza o motor bicombustível encontra razões para esperar. A BYD trabalha para melhorar rendimento e eficiência do 1.5, algo que pode influenciar o consumo real principalmente em deslocamentos longos. A cabine com tela maior e acabamento revisado adiciona um ganho de uso diário que só aparece quando o carro já está na garagem, não no material promocional.

A escolha entre comprar e esperar não tem vencedor universal. Cada caminho entrega uma vantagem distinta. Agora, há preço forte e disponibilidade imediata. Depois, virá um conjunto mais alinhado ao combustível que o brasileiro mais gosta de usar. No fim da linha, quem decide é o relógio pessoal de cada comprador, e a estratégia que ele quer adotar para os próximos anos.

Fonte: Terra, Byd e UOL.

Pablo Silva
Pablo Silva
Especialista em jornalismo automotivo, analisa carros com olhar técnico e paixão por motores. Produz reportagens exclusivas e detalhadas para o Carro.Blog.Br.