O mercado de hipercarros viveu uma ruptura histórica em setembro de 2025, quando a BYD apresentou o Yangwang U9 Xtreme ao mundo. A marca chinesa, que já havia causado impacto com o U9 original, elevou os padrões ao lançar uma versão voltada exclusivamente para a performance em pista, alcançando números nunca antes vistos na indústria automotiva.
O momento mais simbólico ocorreu no Automotive Testing Papenburg, na Alemanha, quando o modelo registrou impressionantes 496,22 km/h, tornando-se o carro de produção mais veloz já homologado. Além da velocidade máxima, o U9 Xtreme também se destacou em Nürburgring Nordschleife, completando uma volta em 6:59.157, tempo suficiente para superar o recorde do Xiaomi SU7 Ultra e inserir a BYD em uma arena até então dominada por marcas europeias consagradas.

A conquista não se limita a recordes estatísticos, mas representa também uma mudança no equilíbrio de forças. O U9 Xtreme deixou para trás lendas como o Bugatti Chiron Super Sport 300+, que havia marcado 490,5 km/h, e colocou em xeque o domínio de fabricantes como Koenigsegg, cujo Jesko Absolut ainda só conta com números de simulação. Até o Aspark Owl, que chegou a 438,7 km/h, ficou distante dos números alcançados pelo modelo chinês.

No coração desse desempenho está a arquitetura elétrica Yi Sifang, que reúne quatro motores entregando juntos cerca de 3.000 cv. A distribuição de torque acontece mais de 100 vezes por segundo, o que garante aderência ideal em qualquer condição. Complementando o conjunto, a suspensão ativa DiSus-X ajusta cada roda em tempo real, oferecendo uma precisão de condução que reforça o caráter radical do carro.

A engenharia da BYD não se limitou à potência. Para suportar as demandas de velocidade e aceleração, o hipercarro utiliza uma versão de pista da bateria Blade, com sistema de resfriamento em camada dupla. Esse recurso assegura desempenho estável mesmo em situações de descarga extrema, evitando perdas de potência. O trabalho aerodinâmico reforça a eficiência: splitter dianteiro em fibra de carbono, capô com dutos de ar e uma asa traseira em formato de pescoço de cisne são elementos que mantêm o carro colado ao solo em altas velocidades.

Por dentro, a atmosfera segue a lógica de competição. O painel é totalmente digital, o console é moldado em fibra de carbono e os bancos tipo concha oferecem apoio lateral digno de um carro de corrida. O volante multifuncional adiciona praticidade, mas não suaviza o caráter de um veículo feito para extrair o máximo da condução. Trata-se de um automóvel pensado mais para pista do que para ruas, com ergonomia e materiais que refletem essa proposta.

A exclusividade é outro aspecto que reforça o peso simbólico do U9 Xtreme. Apenas 30 unidades serão produzidas, destinadas a colecionadores e pilotos que buscam não apenas um carro, mas um marco tecnológico. Mais do que velocidade, o modelo projeta a BYD ao centro das discussões sobre o futuro do alto desempenho, desafiando a ideia de que somente fabricantes europeus poderiam ditar o ritmo do setor.
Fonte: Bydukmedia.