Doppler: Radares que detectam se o motorista acelerou após passar pelo monitoramento já estão em operação nas ruas

Os novos radares doppler, instalados em rodovias como a BR-050 em Uberaba (MG), calculam a velocidade média entre dois pontos, identificando motoristas que aceleram após a fiscalização. Ainda sem aplicar multas, o sistema deve seguir critérios do Contran para validação, garantindo maior eficiência no controle de velocidade.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 17/12/2024

Os novos radares doppler, que identificam se o motorista desacelera antes ou acelera logo após passar pelo ponto de fiscalização, começaram a ser instalados em rodovias brasileiras. A BR-050, em Uberaba (MG), foi a primeira via do país a receber o equipamento.

Pontos Principais:

  • Novos radares doppler estão sendo implementados nas rodovias brasileiras.
  • Os equipamentos calculam a velocidade média entre dois pontos.
  • Atualmente, ainda não estão emitindo multas, mas têm regulamentação definida.
  • Para multas, é preciso atender requisitos como identificação do local e velocidade registrada.

A fiscalização com o radar doppler visa combater práticas comuns em que motoristas reduzem a velocidade apenas próximo aos radares e aceleram após passá-los. O funcionamento do sistema ocorre por meio de pelo menos dois dispositivos que medem a velocidade do veículo em pontos distintos. A partir do tempo percorrido entre eles, é possível calcular a velocidade média.

Novos radares doppler estão sendo instalados em rodovias brasileiras para calcular a velocidade média entre dois pontos e identificar motoristas que aceleram após a fiscalização.
Novos radares doppler estão sendo instalados em rodovias brasileiras para calcular a velocidade média entre dois pontos e identificar motoristas que aceleram após a fiscalização.

Apesar de estarem em fase de instalação, os novos radares ainda não estão multando os motoristas. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que, para a autuação ser válida, os medidores precisam cumprir exigências técnicas. Entre os critérios, é obrigatório haver imagem com a placa do veículo, velocidade medida no momento da infração e velocidade considerada, já com a margem de erro descontada.

Outros requisitos incluem a indicação do local exato da infração, a data e hora da ocorrência e informações sobre o equipamento utilizado, como numeração de série e registro junto ao Inmetro. Esses dados garantem que a fiscalização esteja de acordo com a regulamentação vigente.

O radar doppler se diferencia dos sistemas convencionais ao focar no cálculo de velocidade média, o que é mais eficiente para flagrar infrações ao longo de trechos, e não apenas em pontos específicos. O funcionamento ocorre de forma contínua, sem depender da ação imediata de frear ou acelerar próximo ao radar.

Em relação à instalação, a BR-050 foi a via pioneira a receber o equipamento, mas a implementação deve se expandir para outras rodovias federais. O objetivo é melhorar a fiscalização e garantir maior segurança no trânsito, reduzindo infrações e acidentes causados por excesso de velocidade.

Para os motoristas, é importante entender que o radar doppler não atua somente como um dispositivo pontual. Mesmo com o cumprimento de velocidade em um único ponto, exceder o limite médio entre dois locais pode resultar em infração, caso a fiscalização esteja ativa.

O sistema promete maior precisão, evitando que motoristas burlem a fiscalização tradicional. Contudo, especialistas reforçam que, para a aplicação de multas, é necessário atender todas as exigências legais descritas pelo Contran.

Por enquanto, a orientação é que condutores respeitem os limites de velocidade estabelecidos em cada trecho, já que o radar doppler pode se tornar um importante aliado na redução de imprudências e no controle de tráfego em rodovias.

O debate sobre a efetividade desse tipo de fiscalização continuará nos próximos meses, à medida que os novos equipamentos forem instalados e começarem a operar plenamente.

Fonte: AutoEsporte e BNews.