Diversas são as opções de câmbios onde a função principal é fazer com que o motorista não precise se preocupar em ficar trocando de marcha ao decorrer do seu percurso.
Câmbios como o popularizado automatizado (presente em veículos mais baratos, um câmbio manual que troca de marchas sozinho) e o automático (Conjunto mais complexo de trocas presente em veículos mais caros) são os exemplos de transmissões que estamos acostumados a ver. Mas também existe uma vertente chamada CVT, que cada vez mais vem ganhando espaço no mercado brasileiro e mundial.
O câmbio CVT (continuously variable transmission) é um tipo de transmissão que simula as marchas do veículo conforme a necessidade do mesmo em determinados trajetos e situações, criando assim uma sensação de que a marcha é infinita e única, além de a mesma possuir as trocas de maneira praticamente imperceptíveis auxilia a criar tal sensação.
O conceito de um câmbio CVT foi inventado pelo renomado cientista e artista italiano Leonardo da Vinci em meados de 1490, mas a verdadeira patente do câmbio CVT como conhecemos nos dias atuais foi registrada no ano de 1886.
Na maioria das vezes por possuir trocas tão suaves, a transmissão CVT é muito utilizada em veículos como motocicletas, jet skis, karts, snowmobiles e carros de golfe. Enquanto isso, veículos das mais diversas marcas utilizam o este tipo de câmbio por conta de sua economia e conforto, casos como do Toyota Corolla, Honda Civic e até mesmo do esportivo Subaru WRX que se rendeu a esta tecnologia.
Para entender a diferença entre um câmbio automático original e um CVT, primeiramente é necessário observar a diferença no funcionamento de ambos.
O câmbio automático possui uma estrutura composta por um conjunto de discos com quantidade determinada pelo fabricante (quantidade de marchas), uma engrenagem planetária e um conversor de torque que realizará a função da embreagem no câmbio.
Em contrapartida, o câmbio CVT é extremamente simples: Trata-se de duas polias onde uma está ligada ao volante do motor e outra ao eixo da transmissão, com uma correia interligando as duas. Conforme o motor gira e o carro se movimenta, as polias podem se afastar ou se aproximar, fazendo assim a correia deslizar e encontrar a rotação ideal para cada situação.
Por ser uma tecnologia mais avançada, o princípio de adotar o câmbio CVT é justamente prezar o conforto dos condutores, onde os mesmos não irão sentir as trocas de marcha e possuir uma sensação de marcha contínua (daí o nome). Além disso, câmbios onde o motorista costuma descansar o pé esquerdo costumam consumir muito combustível, problema este que o câmbio CVT ameniza demais por reconhecer corretamente as melhores marchas para qualquer situação.
Também vale ressaltar que o câmbio costuma ter uma manutenção cara, mas não tão absurda quanto o dos outros câmbios concorrentes, custando cerca de R$5.500 para reformar o câmbio por completo.
A maior vantagem de se ter um câmbio CVT ironicamente é também seu maior inimigo, uma vez que as trocas de tão suaves que são fazem com que o carro se torne “lento” e com retomadas muito mais devagar do que em comparação às outras transmissões, assim podendo decepcionar quem procura mais esportividade nos veículos. Um bom exemplo é o Subaru WRX CVT que recebeu uma chuva de críticas pois o câmbio conseguiu neutralizar a sensação de guiar um veículo de 270 cv.
O câmbio CVT é, sem dúvidas, a melhor das opções se você procura o conforto, preza pela economia de combustível do veículo e está disposto a pagar um pouco a mais para ter esta tecnologia, porém se uma condução mais esportiva faz parte do seu modo de direção, o câmbio CVT não irá lhe agradar por conta da demora de respostas.