O Honda City Sedan 2026 passou a circular oficialmente no Brasil no fim de 2025, já com registro atualizado nos órgãos reguladores e produção concentrada no interior de São Paulo, dentro de uma estratégia industrial que mantém o sedã como peça-chave num mercado que voltou a medir carro por espaço interno, consumo homologado e previsibilidade de custos, não por design ou efeito novidade. A apuração técnica envolveu dados oficiais, fichas de homologação e leitura direta do comportamento do modelo dentro da lógica atual de vendas e posicionamento por versões.
Quem entra hoje numa concessionária encontra um sedã que não tenta disputar atenção com linhas chamativas, mas com a sensação prática de estar num carro que resolve o dia a dia sem sustos. O City Sedan 2026 mantém a proposta que o acompanha desde que se posicionou abaixo do Civic, só que agora com uma camada mais espessa de tecnologia embarcada, segurança ativa e números que pesam quando o comprador começa a cruzar consumo, seguro, valor de revisão e perspectiva de revenda no médio prazo.
Debaixo do capô está o motor 1.5 flex de 126 cv, quatro cilindros DOHC i-VTEC, aspirado, com injeção direta, como revelado pela Honda, o sedan ainda conta com câmbio CVT que simula 7 marchas. O conjunto privilegia eficiência e suavidade, com respostas progressivas no trânsito pesado e estabilidade em estrada. A aceleração de 0 a 100 km/h em 10,6 s e a máxima de 186 km/h refletem menos uma proposta esportiva e mais a entrega de fôlego constante, baixo consumo e dirigibilidade previsível mesmo com carga ou em viagens longas.
O consumo oficial explica parte do apelo. Na cidade, o City registra 12,8 km/l com gasolina e 9,3 km/l com etanol. Na estrada, os números sobem para 15,5 km/l e 10,4 km/l, respectivamente. Com o tanque de 44 litros, isso se traduz em autonomias que passam dos 560 km no uso urbano com gasolina e chegam a 682 km em rodovia, um detalhe que muda a relação do motorista com o posto quando a rotina envolve deslocamentos longos ou trabalho diário.
As dimensões ajudam a entender por que o City ainda aparece na lista de quem procura sedã compacto. São 4,57 m de comprimento, entre-eixos de 2,60 m e um porta-malas de 519 litros, espaço suficiente para bagagem de família, compras grandes ou até o material de trabalho de quem usa o carro como ferramenta. Não é um número decorativo, é o tipo de medida que decide se a mala fecha antes ou depois da viagem.
A conversa muda quando se entra nas versões. A LX já entrega central multimídia de 8″ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, seis airbags e controles eletrônicos, formando uma base sólida. A EX altera o cotidiano com freio de estacionamento eletrônico e Auto Hold, ar-condicionado digital com saída traseira e carregador por indução, além de assistências que atuam sozinhas, como piloto automático adaptativo, frenagem de emergência e correção de faixa. A EXL adiciona acabamento mais sofisticado, bancos em couro, sensores e o LaneWatch, enquanto a Touring completa o pacote com faróis em LED, ar de duas zonas e sensores dianteiros e traseiros, recursos que só fazem diferença depois que o motorista se acostuma e passa a sentir falta quando troca de carro.
No uso diário, o City 2026 se revela nos detalhes menos óbvios. O silêncio em baixa velocidade, o comportamento previsível do CVT no anda e para, a posição de dirigir que não cansa rápido, a facilidade de manobra mesmo com dimensões generosas para o segmento. São aspectos que raramente aparecem no material de divulgação, mas surgem quando o carro passa a fazer parte da rotina e começa a disputar espaço com compromissos, horários e imprevistos.
O Honda City Sedan 2026 se coloca como aquele carro que não chama atenção no estacionamento, mas vira assunto quando alguém pede carona, abre o porta-malas ou pergunta quanto está gastando por mês para rodar. E é justamente aí que surge a tensão que fica na cabeça de quem está pesquisando: até que ponto vale subir de versão agora, sabendo que a diferença aparece todos os dias no trânsito, e não apenas no momento em que o contrato é assinado.
“Se a ideia é comprar o Honda City Sedan 2026 sem arrependimento depois, a leitura correta está nas versões, a LX atende quem quer sedã espaçoso, confiável e bem equipado sem pagar por recursos que não usa no dia a dia, a EX já faz sentido para quem enfrenta trânsito pesado e valoriza assistências de condução e conforto urbano, a EXL conversa com quem passa muitas horas no carro e quer acabamento superior e conveniência, enquanto a Touring é para quem aceita pagar mais para ter todos os recursos disponíveis e não pretende trocar de carro tão cedo, o erro comum é escolher pelo preço inicial e só descobrir a diferença de versão convivendo com o carro.”