Honda WN7 conquista espaço com design futurista e desempenho acima da média

Honda WN7 conquista espaço com design futurista e desempenho acima da média
A Honda lança a WN7, primeira moto elétrica de grande porte, com motor de 18 kW, torque de 10,2 m.kgf e autonomia de 130 km. Preço de 15 mil euros na Europa levanta dúvidas sobre chegada ao Brasil.
Publicado por em Honda Motos dia

A Honda decidiu ampliar seu território no mercado de veículos elétricos ao apresentar a WN7, sua primeira moto de grande porte totalmente movida a bateria. Até então, a marca japonesa vinha concentrando esforços em scooters e ciclomotores elétricos, mas agora busca disputar espaço com rivais globais no segmento de desempenho médio. A produção está programada para iniciar no Japão em agosto de 2025, e o modelo promete inaugurar uma nova fase para a montadora.

Pontos Principais:

  • Honda WN7 é a primeira moto elétrica de grande porte da marca.
  • Motor de 18 kW entrega desempenho equivalente a 600 cc.
  • Torque de 10,2 m.kgf garante aceleração comparável a 1000 cc.
  • Bateria com recarga rápida em 30 minutos e autonomia de 130 km.
  • Preço de 15.000 euros na Europa levanta incertezas no Brasil.

A proposta da WN7 vai além de simplesmente oferecer uma alternativa elétrica. Inspirada no conceito EV FUN, a moto adota um design minimalista, de linhas futuristas e iluminação full LED. O painel digital TFT de 5 polegadas inclui compatibilidade com o sistema Honda RoadSync, reforçando a ideia de conectividade e modernidade no uso diário. O modelo se posiciona como vitrine da nova identidade da marca no universo elétrico.

A Honda revelou a WN7, sua primeira moto elétrica de grande porte, que promete desempenho similar a 600 cc e aceleração comparável a motos de 1000 cilindradas.
A Honda revelou a WN7, sua primeira moto elétrica de grande porte, que promete desempenho similar a 600 cc e aceleração comparável a motos de 1000 cilindradas.

O coração da WN7 é seu motor elétrico de 18 kW, refrigerado a líquido, que entrega um desempenho próximo ao de uma moto a combustão de 600 cilindradas. Mais impressionante é o torque de 10,2 m.kgf, patamar comparável ao de motocicletas de 1000 cilindradas, o que garante acelerações rápidas e resposta imediata ao menor giro do acelerador. A velocidade máxima foi limitada a 110 km/h, em uma escolha clara de priorizar a agilidade urbana e viagens de curta distância.

A bateria utiliza o padrão CCS2 de carregamento rápido, permitindo recarga de 20% a 80% em cerca de 30 minutos. A autonomia declarada supera 130 quilômetros, número suficiente para trajetos urbanos e deslocamentos regulares entre cidades próximas. A Honda aposta que esse equilíbrio entre potência, agilidade e autonomia vai atender às necessidades do público que deseja migrar para o elétrico sem abrir mão de desempenho.

No entanto, o preço elevado pode ser um obstáculo. Na Europa, a WN7 foi anunciada por 15.000 euros, valor que gira em torno de R$ 95 mil. Isso coloca a moto em um patamar bastante superior ao de modelos equivalentes a combustão, além de limitar o alcance em mercados emergentes como o brasileiro. Até o momento, a marca não confirmou planos oficiais para lançamento no Brasil, o que reforça a percepção de que a WN7 pode atuar inicialmente mais como vitrine tecnológica do que como produto de massa.

Ainda assim, o anúncio mostra o compromisso da Honda com a eletrificação das duas rodas em nível global. Ao entrar em um segmento onde já despontam marcas tradicionais e startups especializadas, a fabricante japonesa assume um papel de destaque e sinaliza que pretende moldar o futuro desse mercado com soluções próprias. A aposta em desempenho elevado, aliado a design sofisticado e conectividade, indica que a WN7 será um marco para futuros modelos da empresa.

O grande desafio agora é traduzir esse avanço para regiões fora da Europa e do Japão. A Honda precisará pensar em versões mais acessíveis para mercados emergentes, onde o preço é fator decisivo. A WN7, portanto, funciona não apenas como produto, mas também como laboratório de desenvolvimento para a estratégia global da marca, que busca manter sua posição de liderança em meio às transformações da mobilidade elétrica.

Fonte: Global.

Alan Corrêa
Alan Corrêa
Jornalista automotivo (MTB: 0075964/SP) e analista de mercado. Especialista em traduzir a engenharia de lançamentos e monitorar a desvalorização de usados. No Carro.Blog.br, assina testes técnicos e guias de compra com foco em durabilidade e custo-benefício.