O Jeep Commander, SUV de sete lugares produzido no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, desde 2021, chega à linha 2026 com mudanças estratégicas em design, tecnologia e preço. O modelo, que já vendeu mais de 70 mil unidades no país, passa por uma renovação que busca fortalecer sua posição em um mercado cada vez mais competitivo, especialmente diante do Toyota Corolla Cross, líder entre os médios.
A grande novidade está nos preços reduzidos em todas as cinco versões. A opção de entrada Longitude agora parte de R$ 220.990, com queda de R$ 19 mil. A Limited e a Overland T270 custam R$ 273.990, cada uma com redução de R$ 7 mil. A Overland turbodiesel foi ajustada para R$ 308.490, com corte de R$ 6 mil, e a topo de linha Blackhawk, equipada com motor Hurricane, chega a R$ 324.990, ficando R$ 16 mil mais barata. Além disso, há uma oferta agressiva para venda direta do Longitude T270 Flex a R$ 205.990, alinhando o valor ao do Corolla Cross XRX, que parte de R$ 207.990.
No design, o Commander recebeu novos faróis em LED com assinatura redesenhada, lanternas com iluminação contínua, grade frontal revisada, para-choque dianteiro remodelado e rodas exclusivas em todas as versões. No interior, os destaques ficam para o câmbio giratório “rotary shifter” em algumas configurações, câmera 360 graus aprimorada e bancos com ajuste elétrico e acabamento premium.

A lista de tecnologias embarcadas impressiona. O pacote de condução semiautônoma ADAS de nível 2 inclui alerta de colisão com frenagem automática, monitoramento de ponto cego, alerta de mudança de faixa, reconhecimento de placas, piloto automático adaptativo e detecção de fadiga. A central multimídia de 10,1 polegadas traz Alexa integrada, enquanto o painel digital de 10,25 polegadas garante melhor visibilidade das informações de condução.
Em motorização, o Commander mantém três opções. O motor 1.3 turbo T270 de 176 cv com câmbio automático de 6 marchas equipa Longitude, Limited e Overland Flex, com tração dianteira. O 2.2 Multijet turbodiesel de 200 cv, aliado ao câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4, aparece na Overland. Já o Hurricane 2.0 turbo de 272 cv, também acoplado a uma transmissão automática de 9 marchas e tração integral, é exclusivo da Blackhawk. Nos testes, o desempenho da versão topo de linha mostrou aceleração de 0 a 100 km/h em 7 segundos e velocidade final de 220 km/h.

Entre os equipamentos de série, a Longitude já sai de fábrica com rodas de 18 polegadas, seis airbags, bancos em couro e sistema de som Harman Kardon. A Limited agrega carregador por indução, sete airbags e painel revestido em couro e suede. A Overland flex traz teto solar panorâmico, bancos com memória e molduras inferiores pintadas. Na configuração turbodiesel, soma ainda o seletor de terrenos e recursos off-road. A Blackhawk adiciona detalhes esportivos, pinças de freio vermelhas e o pacote Performance Pages.

Ao volante, as impressões reforçam o foco da Jeep em oferecer uma experiência de condução refinada. O Commander se destaca pelo isolamento acústico, posição de dirigir elevada e pela suspensão independente ajustada para conforto e estabilidade. A versão Blackhawk oferece ainda respostas mais dinâmicas, explorando o potencial do motor Hurricane. No entanto, alguns pontos críticos permanecem, como o sistema de ar-condicionado considerado lento em dias muito quentes e o alerta de mudança de faixa excessivamente intrusivo.

No comparativo direto com o Corolla Cross, o Commander se posiciona como alternativa de maior porte e com sete lugares, um diferencial raro no segmento. Já o Toyota segue com a vantagem da eficiência no uso urbano e a confiabilidade do pós-venda da marca. A disputa, portanto, gira em torno das prioridades do consumidor: espaço e robustez de um lado, economia e simplicidade do outro.
Fonte: Stellantis.