Nissan Sentra 2025 enfrenta concorrência acirrada no mercado de sedans

O Nissan Sentra 2025 chega ao mercado brasileiro com melhorias, mas enfrenta desafios diante de concorrentes híbridos. Embora ofereça estilo e espaço interno atraentes, o modelo se depara com questões de desempenho e custo-benefício. A ausência de tecnologias avançadas e o motor menos eficiente podem impactar sua competitividade no segmento.
Publicado por Alan Corrêa em Nissan dia 11/08/2024

A Nissan trouxe a nova geração do Sentra para o Brasil em 2023, mesmo que o modelo já estivesse em circulação em outros mercados desde 2019. Agora, o Sentra 2025 chega com algumas atualizações que buscam manter o modelo competitivo no segmento de sedãs médios. Entre as novidades, destaca-se o visual atualizado, com um novo para-choque dianteiro e uma grade do radiador revisada. Essas mudanças conferem ao modelo uma aparência mais moderna, embora sejam consideradas sutis por muitos consumidores.

Apesar das melhorias, a concorrência que o Sentra enfrenta é significativa. O modelo é equipado com um motor 2.0 de ciclo Atkinson que entrega 151 cavalos de potência e 20 kgfm de torque, o que, para muitos, pode parecer insuficiente diante dos concorrentes híbridos. O motor do Sentra, embora eficiente em termos de consumo, não se iguala aos rivais eletrificados como o Toyota Corolla Hybrid, que oferece um consumo muito mais baixo e desempenho superior.

O Nissan Sentra 2025 chegou ao Brasil com atualizações sutis, incluindo um novo para-choque e grade do radiador, mas enfrenta desafios no mercado competitivo de sedãs médios.
O Nissan Sentra 2025 chegou ao Brasil com atualizações sutis, incluindo um novo para-choque e grade do radiador, mas enfrenta desafios no mercado competitivo de sedãs médios.

Além disso, o Sentra ainda mantém algumas características que podem ser vistas como desatualizadas, como o freio de estacionamento de pedal, algo que a maioria dos concorrentes já substituiu por sistemas eletrônicos. Esse detalhe, embora pequeno, pode fazer a diferença para consumidores que buscam um veículo com tecnologia mais avançada.

Outro ponto que pode pesar contra o Sentra é a falta de conectividade sem fio para smartphones e a ausência de carregamento por indução, características que estão se tornando padrão em veículos dessa categoria. Enquanto o Sentra oferece portas USB e USB-C, a necessidade de carregar dispositivos via cabo pode ser vista como uma desvantagem em um mercado cada vez mais voltado para a conectividade sem fio.

No que diz respeito ao espaço interno, o Sentra oferece um bom conforto para os passageiros, especialmente aqueles que viajam no banco traseiro. O porta-malas de 466 litros também é um ponto positivo, tornando o veículo uma opção interessante para quem busca um sedã com boa capacidade de carga. Contudo, a linha de cintura alta e o teto baixo podem comprometer a visibilidade, o que pode ser um inconveniente no uso diário.

O preço do Sentra 2025, que parte de R$ 157.890, também é um fator que pode limitar sua competitividade. Quando comparado a modelos híbridos como o Toyota Corolla Hybrid, que tem preço inicial em torno de R$ 188 mil, o Sentra pode parecer uma opção mais acessível. No entanto, a diferença de preço pode não ser suficiente para compensar a menor eficiência do Sentra em termos de consumo de combustível.

Além do Corolla Hybrid, outros concorrentes como o Honda Civic e o novato BYD King também apresentam desafios para o Sentra. Ambos os modelos híbridos oferecem consumos urbanos e rodoviários significativamente melhores do que o Sentra, o que pode influenciar a decisão de compra de consumidores que priorizam a economia de combustível.

Embora o Sentra tenha suas qualidades, como o design atraente e o conforto interno, ele pode encontrar dificuldades para se destacar em um mercado onde a eficiência energética e a tecnologia avançada são cada vez mais valorizadas. A Nissan teria a opção de equipar o Sentra com um motor mais moderno, como o TCe 1.3 turbo, usado no Renault Duster, ou até mesmo adotar um sistema eletrificado como o E-Power. No entanto, essas mudanças poderiam aumentar significativamente o preço do modelo, o que pode não ser viável no mercado brasileiro.

Fonte: Nissan e AutoPapo.