Sinal branco no semáforo: o que significa a nova sinalização proposta

A introdução da cor branca nos semáforos tem como objetivo melhorar a organização do trânsito nas grandes cidades, especialmente em cruzamentos com veículos autônomos. Testes em andamento mostram resultados promissores, reduzindo atrasos e otimizando o fluxo de tráfego. Saiba como essa mudança pode impactar o futuro das cidades.
Publicado em Notícias dia 11/09/2024 por Alan Corrêa

A nova sinalização que inclui a cor branca nos semáforos está em fase de testes em algumas cidades, com o objetivo de integrar melhor veículos autônomos ao tráfego urbano. Tradicionalmente, semáforos funcionam com as cores verde, amarelo e vermelho, mas a adição de uma quarta cor busca facilitar a comunicação entre os carros autônomos e o restante do trânsito. Essa nova medida visa diminuir a poluição e o tempo de espera nos cruzamentos, gerando um impacto positivo tanto no meio ambiente quanto na fluidez do trânsito nas grandes cidades.

Em cidades como Madrid, na Espanha, o projeto já está em teste. A cor branca nos semáforos, quando ativa, indica que veículos autônomos podem se comunicar e gerenciar o tráfego de forma mais eficiente. A ideia é que esses carros inteligentes possam “decidir” o melhor momento para avançar ou parar, dependendo das condições de trânsito, sem depender da intervenção direta dos condutores humanos.

Pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, estão por trás dessa iniciativa. Eles acreditam que o sistema pode reduzir os atrasos no trânsito em pelo menos 25%, o que beneficiaria não apenas os motoristas e passageiros, mas também os pedestres, uma vez que menos carros parados significam menos poluição do ar e um trânsito mais seguro. O professor Ali Hajbabaie, responsável pelo estudo, ressalta que essa tecnologia depende da aceitação pública e de regulamentações de trânsito adaptadas.

A implementação da luz branca não substitui as cores tradicionais dos semáforos, mas as complementa, sendo ativada quando o tráfego de veículos autônomos atinge um nível significativo em cruzamentos. Assim, veículos controlados por inteligência artificial poderiam “seguir o fluxo” de maneira mais coordenada, diminuindo os riscos de engarrafamentos e acidentes. Em locais onde o sistema foi testado, os resultados iniciais indicam uma significativa melhoria na fluidez do trânsito.

Embora ainda em fase experimental, a adoção em larga escala dessa tecnologia depende de diversas variáveis. Entre elas, o avanço dos carros autônomos, a modificação das legislações locais de trânsito e a aceitação por parte do público. Apesar de a tecnologia estar avançando rapidamente, especialistas alertam que a introdução de semáforos com a luz branca pode levar alguns anos até ser completamente implementada, dada a necessidade de ajustes nas infraestruturas urbanas e a adaptação dos motoristas.

Em um contexto histórico, os semáforos foram criados em Londres no final do século XIX para controlar o tráfego de charretes, e a versão moderna, com três cores, surgiu nos Estados Unidos na década de 1920. Agora, com a chegada da quarta cor, o trânsito urbano pode estar prestes a passar por uma nova transformação, desta vez voltada para o futuro dos veículos autônomos.

Fonte: IGN e CatracaLivre.