Citroën Basalt Feel manual surpreende pelo preço competitivo e dimensões generosas. O SUV cupê surge como alternativa para quem busca um carro espaçoso sem ultrapassar a barreira dos R$ 100 mil. Mesmo assim, algumas escolhas de projeto e acabamento deixam claro o foco em economia.
Pontos Principais:
A versão manual do Basalt Feel custa R$ 92.990 em preto, com acréscimo de R$ 1.600 para as cores vermelho, azul e cinza, e R$ 1.000 para o Branco Banquise. Sua proposta de SUV cupê destaca a carroceria de 4,34 m de comprimento, 1,82 m de largura e 1,58 m de altura, com 2,64 m de entre-eixos. Com linhas verticais e boa distribuição de espaço, o Basalt consegue superar alguns sedans compactos em área útil.

No interior, as medidas permitem bom espaço para as pernas e altura para cabeça, inclusive no banco traseiro. Essa característica é intensificada pelo posicionamento elevado dos bancos, o que obriga o motorista a se ajustar sem regulagem de profundidade do volante. O porta-malas de 490 litros complementa a proposta do carro, facilitando a acomodação de bagagens.
O custo competitivo reflete diretamente no acabamento. O painel e as portas utilizam plástico rígido, sem superfícies macias. A faixa cobre do painel tem aparência oca e os comandos aparentam simplicidade. Alguns pontos, como os controles dos vidros traseiros no console central, indicam as escolhas de economia da Stellantis.
O volante apresenta regulagem de altura, mas solta rapidamente ao destravar, mostrando o corte de custos na montagem. No entanto, o Basalt tenta compensar com painel de instrumentos digital e central multimídia que inclui Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Essa central tem operação simples e visual direto.
O motor 1.0 três cilindros, herdado do Fiat Argo, oferece 75 cv e 10,5 kgfm de torque. No uso urbano, o carro se mostra ágil nas arrancadas e em baixas rotações. Mas as retomadas de velocidade são lentas e as ultrapassagens exigem paciência. O desempenho é coerente com o segmento, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 14 segundos.
Na estrada, o Basalt apresenta estabilidade comprometida em ventos laterais e ao ser ultrapassado por caminhões. Pneus de medida 205/60 R16 não ajudam na confiança em alta velocidade. Apesar disso, a suspensão encontra equilíbrio entre firmeza e conforto, com um rodar que agrada em pisos irregulares.
O consumo de combustível foi avaliado em 13,9 km/l tanto na cidade quanto na estrada com gasolina, superando a média oficial de 13,2 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada. Quando abastecido com etanol, a média é de 9,2 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada.
O isolamento acústico revela mais um ponto de economia: ruídos externos são audíveis na cabine, especialmente do motor em rotações elevadas e do vento ao redor das portas.
O Basalt Feel manual inclui quatro airbags, controle de estabilidade e tração, luzes diurnas de LED, central multimídia com espelhamento sem fio, ar-condicionado, rodas de liga leve, retrovisores elétricos, câmera de ré, banco e volante com ajuste de altura, vidros elétricos nas quatro portas e desembaçador traseiro. Um pacote que entrega o básico para o segmento de entrada e condiz com a proposta de preço acessível.
A Stellantis optou por reduzir custos em acabamento e montagem, mas manteve uma lista de equipamentos condizente com o valor final. A honestidade do conjunto está clara: um SUV cupê acessível e espaçoso, mas que não esconde onde as economias foram feitas. Para quem busca um modelo funcional e de preço baixo, sem luxo, o Basalt Feel manual cumpre bem sua proposta.
Fonte: UOL, Automaistv e Webmotors.