A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio e o sequestro de contas bancárias de 131 empresas envolvidas em um esquema de fraudes, que aplicava golpes em motoristas alegando falsamente a suspensão ou cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A investigação foi conduzida pela Polícia Civil, especificamente pela 3ª Delegacia de Polícia de Combate à Lavagem de Dinheiro.
Pontos Principais:
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos enviavam mensagens fraudulentas informando que a CNH da vítima havia sido suspensa ou cassada. As comunicações chegavam por WhatsApp, SMS e e-mail, sugerindo que o problema poderia ser resolvido por meio de links disponibilizados. Ao clicar, as vítimas eram redirecionadas para sites falsos que simulavam o portal do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) ou do governo federal.
Nessas páginas fraudulentas, os usuários eram induzidos a fornecer dados pessoais, como informações bancárias e documentos. Com os dados obtidos, os golpistas geravam boletos ou cobravam valores por meio de PIX, sob a justificativa de regularização da CNH. Os recursos, após pagos, eram direcionados para contas bancárias de empresas fantasmas envolvidas no esquema.
A Polícia Civil informou que 678 contas bancárias já foram identificadas e bloqueadas desde o início do ano, sendo utilizadas para operacionalizar o esquema. O Detran-SP, ao ser procurado, reforçou que não envia notificações sobre suspensão ou cassação da CNH por redes sociais, e-mails ou mensagens de texto. As notificações legítimas são enviadas exclusivamente por carta registrada, que inclui um QR Code para acesso ao portal oficial, onde o motorista pode obter mais detalhes e apresentar defesa.
O Detran-SP orienta os motoristas a não clicar em links recebidos por canais não oficiais e recomenda que qualquer suspeita seja reportada à Ouvidoria do Detran-SP ou ao FalaSP, plataforma do governo para denúncias de irregularidades.
As investigações continuam em andamento, e a Polícia Civil busca identificar outros envolvidos no esquema. A Justiça deve manter o bloqueio das contas e acompanhar o desdobramento das denúncias.
Fonte: AgênciaBrasil.