A Honda iniciou uma nova fase em sua história ao apresentar a WN7, a primeira motocicleta elétrica de produção em série da marca. O modelo, que tem como base o conceito EV Fun mostrado em 2024, marca a entrada definitiva da fabricante japonesa no mercado europeu de veículos de duas rodas eletrificados. A proposta é unir desempenho esportivo, design arrojado e recursos tecnológicos voltados ao público que busca inovação sem abrir mão de praticidade.
O desenho da WN7 segue linhas futuristas, mantendo a tradição da marca em oferecer motos naked de apelo urbano. A Honda aposta em uma estética moderna, com proporções robustas e detalhes que reforçam a identidade visual de um produto pensado para chamar atenção tanto pela tecnologia quanto pela presença nas ruas.

No campo do desempenho, a Honda destaca que a WN7 entrega potência de 24,5 cavalos e torque de 10,2 kgfm, números que, segundo a fabricante, garantem uma experiência equivalente à de uma motocicleta a combustão de 600 cilindradas. Essa estratégia coloca o modelo em um patamar competitivo, atraindo motociclistas acostumados a máquinas de maior cilindrada, mas dispostos a migrar para a eletrificação.
A bateria de íons de lítio é um dos pontos centrais do projeto. Com capacidade para oferecer autonomia de até 130 quilômetros, ela pode ser recarregada rapidamente: entre 20% e 80% em apenas 30 minutos, graças ao uso do padrão CCS2, já consolidado na indústria automotiva. Em tomadas residenciais, a carga completa leva menos de três horas, o que amplia a conveniência no dia a dia urbano.
Além da parte mecânica, a Honda investiu em tecnologia embarcada. A WN7 traz painel TFT colorido e integração com smartphones, permitindo navegação, chamadas e gerenciamento de funções diretamente no painel. Essa conectividade é parte da estratégia da marca de reforçar a experiência digital do usuário, criando um elo entre mobilidade elétrica e estilo de vida conectado.
Apesar do avanço tecnológico, a Honda não confirmou quando a moto chegará ao Brasil. O foco inicial é o mercado europeu, onde a demanda por motocicletas elétricas cresce de forma consistente e há infraestrutura de recarga mais consolidada. No entanto, a tendência é que o modelo sirva de laboratório para futuras adaptações em outros mercados, incluindo o latino-americano.
A apresentação da WN7 ocorreu no mesmo momento em que a marca anunciou a atualização da PCX 160 para a linha 2026. A scooter, que vendeu mais de 35 mil unidades no Brasil entre janeiro e agosto, mantém posição de destaque como opção mais acessível e consolidada no portfólio. Com isso, a Honda mostra uma estratégia dupla: expandir a eletrificação sem abrir mão dos modelos que sustentam as vendas globais.
Fonte: Honda.