Uma possível greve dos caminhoneiros com bloqueio nacional nas estradas volta ao centro do debate político brasileiro. A convocação de uma greve de caminhoneiros para quinta feira ganhou força nas redes e reabriu a discussão sobre o impacto direto que o setor de transporte tem na rotina do país.
Segundo a Veja, a mobilização circula em grupos de WhatsApp e perfis de apoio ao ex presidente Jair Bolsonaro, segundo a reportagem da Veja. Até agora, o movimento não apresenta uma liderança clara, nem pauta unificada, mas a convocação menciona insatisfação com decisões do governo Lula e descontentamento econômico. A Polícia Rodoviária Federal afirma que monitora a situação desde o fim de semana e diz não ter identificado bloqueios, reforçando equipes em pontos estratégicos para evitar interrupções como as registradas em 2018.
A preocupação ganha contornos práticos porque qualquer paralisação de caminhoneiros afeta abastecimento, distribuição de combustíveis e até a cadeia automotiva. Fabricantes dependem de fluxo diário de peças e componentes, e atrasos de horas já são suficientes para interromper linhas de montagem. O governo tenta reduzir o risco de escalada com monitoramento e articulação com sindicatos, que, por enquanto, não aderiram ao chamado.
Enquanto isso, parlamentares associados à direita amplificam a convocação em redes sociais, enquanto aliados do governo tratam o movimento como tentativa de criar instabilidade política. A quinta feira deve ser o primeiro teste real para medir a capacidade de mobilização do grupo e o potencial de impacto nas rodovias.