Renault anuncia retirada da F1 e Alpine estuda parceria com Mercedes para 2026

A Renault anunciou que encerrará a fabricação de motores para a Fórmula 1 em 2026, abrindo espaço para a Alpine, sua divisão esportiva, adotar motores Mercedes a partir do novo regulamento da categoria. A decisão foi comunicada aos funcionários nesta segunda-feira (30), gerando protestos e mudanças na fábrica de Viry-Châtillon, que será transformada em um centro de engenharia para futuras tecnologias automotivas.
Publicado em Notícias dia 30/09/2024 por Alan Corrêa

A Renault, fabricante francesa com quase 50 anos de história na Fórmula 1, anunciou nesta segunda-feira (30) que encerrará sua produção de motores para a categoria a partir de 2026. A decisão foi tomada como parte de um processo de reestruturação que visa transformar a fábrica de Viry-Châtillon, ao sul de Paris, em um centro de excelência em engenharia e alta tecnologia. A transição acontecerá ao final da temporada de 2025.

Pontos Principais:

  • Renault deixará de fabricar motores de F1 em 2026.
  • Alpine pode fechar acordo para usar motores Mercedes.
  • A fábrica em Viry-Châtillon será transformada em um centro de engenharia.
  • Funcionários protestaram contra a decisão durante o GP da Itália.

A notícia marca o fim de uma era para a Renault na F1, após décadas de participação e vitórias. Desde 1977, a montadora não apenas desenvolveu motores para sua própria equipe, mas também forneceu para outras, sendo campeã mundial em diversas temporadas. A partir de 2026, a Alpine, divisão esportiva da Renault, que atualmente compete como Alpine F1 Team, poderá utilizar motores Mercedes.

A Renault anunciou o encerramento da produção de motores para a Fórmula 1 a partir de 2026. A decisão abre caminho para a Alpine utilizar motores Mercedes, marcando o fim de uma era na F1.
A Renault anunciou o encerramento da produção de motores para a Fórmula 1 a partir de 2026. A decisão abre caminho para a Alpine utilizar motores Mercedes, marcando o fim de uma era na F1.

A fábrica em Viry-Châtillon continuará suas atividades relacionadas ao desenvolvimento de motores até o final da temporada de 2025, conforme anunciado pela Alpine. Posteriormente, a unidade será convertida em um centro dedicado à inovação e ao desenvolvimento de novas tecnologias para os futuros veículos da Renault e da Alpine. Essa decisão faz parte da estratégia de longo prazo da empresa para focar em novas soluções tecnológicas, como os projetos da Hypertech Alpine.

Os funcionários da Renault reagiram à decisão com protestos durante o GP da Itália, realizado em Monza. Portando faixas com a mensagem “nos deixe correr”, os trabalhadores exigiram a manutenção da fábrica, ressaltando que a produção de motores Renault é parte de uma história de 50 anos na Fórmula 1. A fábrica foi responsável por desenvolver motores que conquistaram campeonatos nas temporadas de 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 2005, 2006, 2010, 2011, 2012 e 2013.

Após quase 50 anos na Fórmula 1, a Renault vai transformar sua fábrica em Viry-Châtillon em um centro de excelência em engenharia. As atividades de fabricação de motores continuarão até 2025.
Após quase 50 anos na Fórmula 1, a Renault vai transformar sua fábrica em Viry-Châtillon em um centro de excelência em engenharia. As atividades de fabricação de motores continuarão até 2025.

O anúncio foi feito após meses de especulação sobre o futuro da Renault na Fórmula 1, com rumores de uma possível parceria entre Alpine e Mercedes para o fornecimento de motores a partir de 2026. A Alpine assumiu a participação da Renault na F1 em 2021, mas continuará utilizando os motores desenvolvidos pela própria fábrica até o final de 2025, antes de se tornar uma equipe cliente de motores Mercedes.

A Alpine enfrentou protestos de funcionários da Renault durante o GP da Itália, que exigiram a manutenção da produção de motores. A fábrica tem uma história de sucesso com várias vitórias na F1.
A Alpine enfrentou protestos de funcionários da Renault durante o GP da Itália, que exigiram a manutenção da produção de motores. A fábrica tem uma história de sucesso com várias vitórias na F1.

Essa reestruturação representa uma mudança significativa para a montadora, que, ao longo de sua trajetória, acumulou 178 vitórias em GPs, incluindo nove sob o nome TAG Heuer. A decisão também é vista como parte de um movimento mais amplo da Renault para concentrar esforços em tecnologias inovadoras e no desenvolvimento de novos projetos automotivos.

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