Os brasileiros estão preferindo SUVs na hora de comprar um carro novo

Já não é novidade nenhuma que os carros sedans médios estão perdendo força. Os Hatchs então nem se fala. Mas uma coisa ambos têm em comum: nestes últimos anos, ambos estão sendo preteridos as picapes e, principalmente, pelas Suv’s.
Publicado em Notícias dia 15/02/2019 por Alan Corrêa

Já não é novidade nenhuma que os carros sedans médios estão perdendo força. Os Hatchs então nem se fala.

Mas uma coisa ambos têm em comum: nestes últimos anos, ambos estão sendo preteridos as picapes e, principalmente, pelas SUVs.

Qual a razão deste fenômeno?

Não há como negar que as Suv’s vieram para ficar. Com uma melhor posição de dirigir, maior conforto e uma visão privilegiada, rapidamente se tornaram queridinhas no mercado. Estes carros também são ótimas opções para quem procura carros para PCD.

Nissan Kicks 2019

Durante anos, as marcas de automóveis e seus engenheiros visavam a aerodinâmica, praticidade, economia de combustível e principalmente o desempenho de seus modelos como pontos principais de seus carros, esquecendo de atender as exigências mais importante: A dos consumidores.

Não é fácil comprar carro no Brasil, mas para nós brasileiros, outro fator que ajuda na decisão de escolher um veículo desses é o estado de nossas estradas, que muitas vezes ficam esburacadas e cheia de remendos, assim facilitando danos a carros mais baixos, que tem uma menor distância até o solo.

Mas não apenas as estradas podem ser desculpas. Nos EUA, dos 20 carros mais vendidos, os três carros mais vendidos são caminhonetes, e 9 são SUV’s.

Todas as marcas estão se acostumando

Logicamente, algumas marcas tiveram (algumas ainda tem) em aceitar que os tempos mudaram, mas com o decorrer do tempo perceberam que a melhor escolha era se adequar aos novos tempos.

Marcas como Audi, Mercedes e BMW decidiram aplicar toda sua tecnologia em “Sport Utility Vehicles”. Desta forma, nasceram carros renomados como o Audi Q7 e sua linha, as BMW X e as famosas Mercedes ML, G Class e mais recentemente X class.

Até mesmo marcas com renome em carros esportivos como Ferrari, Maserati e Porsche foram obrigados a entrar neste ramo. A ultima, por exemplo, começou com o modelo Cayenne, que rapidamente atingiu o sucesso, continua sendo vendida até hoje e, junto a sua “irmã mais nova” Macan, representam a maioria das vendas da Porsche no mundo.

Porsche Cayenne

Como começou no Brasil

A história das SUV’s no Brasil é mais antiga do que se parece. O primeiro carro que mais se parece com os moldes de um suv atual foi o renomado Rural Willys, que foi muito bem recebido por proprietários de sítios e áreas rurais, dando assim um bom início.

Rural Willys (foto: Paulo rsmenezes / Wikimedia)

Mas o verdadeiro “boom” ocorreu em 2003, quando a Ford lançou no Brasil a EcoSport, um SUV que fez a marca liderar esse segmento por vários anos consecutivos, mesmo com a entrada de outros rivais como Hyundai Tucson e, mais tarde, Renault Duster.

Lançado em 2003, o Ford EcoSport foi baseado na segunda geração nacional do Fiesta

A EcoSport começou a perder força quando uma onda de Suv’s começaram a invadir o Brasil, como Honda HR-V, Jeep Renegade e Compass e Nissan Kicks, mas mesmo assim a Suv americana não deixou de vender.

Jeep Renegade 2019

Os números não mentem

Para se ter uma ideia de como as Suv’s estão dominando o mercado nacional, basta olhar os 20 carros mais vendidos no país no mês de Janeiro de 2019.

Entre os 20 primeiros, vale destacar a 9ª colocação da Jeep Renegade e a 11ª posição da Jeep Compass, carros que tem preços muito elevados se comparados aos outros carros da lista. Para se ter uma ideia, um Corolla (13º) pode chegar a custar até R$ 115.000,00 enquanto uma Compass pode facilmente ultrapassar a barreira dos R$ 160.000,00 e mesmo assim a suv tem mais unidades vendidas que o sedan japonês.

Dos 20 carros desta lista, 6 são suv’s que em seus modelos topo de linha podem facilmente extrapolar a marca de R$ 100.000,00. Ou seja, os brasileiros estão visando atualmente mais o conforto e suas necessidades atendidas, mesmo que para isso seja necessário desembolsar uma maior quantia.